Sejamos missionários, a qualquer momento

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Edifa - publicado em 17/07/20
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Ser missionário não é uma atividade reservada a alguns cristãos excepcionais. Uma família pode e deve também anunciar o Evangelho ao seu redor

“A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. Vão! Estou enviando vocês como cordeiros no meio de lobos. ” (Lc 10,3-2). Esta passagem do Evangelho nos lembra da importância da missão. Mas como nós podemos ser missionários, especialmente durante as férias?

Da oração à ação

O primeiro pedido de Jesus é “Ore ao Senhor da colheita(…)”.A oração é sempre indispensável, vital e primeira. Sempre precede a ação. Porque, na evangelização como no resto, é sempre Deus quem age. Somos instrumentos na mão dele. As férias são muitas vezes a ocasião de várias reuniões. A oração da noite pode ser a ocasião de orar por todos aqueles que conhecemos, cada criança enumerando por sua vez aqueles com quem ela compartilhou o dia. Essa oração é importante por dois motivos. Em primeiro lugar, porque o Senhor sempre escuta o que pedimos a Ele. Temos a certeza de que Ele responderá a nossa oração, muitas vezes sem que nos demos conta. Em segundo lugar, porque faz as crianças reconhecem cada pessoa como filha de Deus. Um filho, uma filha que Deus ama com um amor único e a quem Ele chama para viver com ele. Rezem, portanto, acima de tudo. E então ajam. Mas como?

1. Primeiramente e antes de tudo vivendo como cristãos. É pelo amor que temos um pelo outro que devemos ver que somos cristãos. Evangelizar tem muito mais a ver com aquilo que somos do que com aquilo que dizemos. Evangelizar é sobretudo esforçar-se para viver segundo o Evangelho. Assim, uma família cristã pode ser identificada pelo amor que ali reina e pelo amor que ela irradia; não por discursos, mas por uma capacidade de recepção, de abertura, de atenção aos outros.

2. Evangelizar também, é não ter medo de chamar as coisas pelo seu nome, é dizer a verdade. Em uma discussão entre amigos, em resposta à pergunta de uma criança ou de uma pessoa mais velha, não silencie a fé, não esconda a Verdade. Mesmo se estivermos em um círculo com poucos ou nenhum católico, mesmo em um ambiente hostil, mesmo se respondermos a uma criança cuja família não crê. Precisamos testemunhar nossa fé, dizer o que o Espírito Santo nos revela e ensinar nossos filhos a fazer o mesmo. Não hesite em manifestar a sua fé, mesmo quando isso requer coragem, mas fale de maneira muito simples, sem arrogância, sempre com humildade – porque a nossa fé é um dom, que não merecemos mas recebemos de graça – sempre com um profundo respeito pelo nosso interlocutor, porque ele também é um filho infinitamente amado por Deus.

3. Evangelizar é, às vezes, criar oportunidades para falar sobre Deus. O que não significa que todos sejam chamados a evangelizar em praça pública ou no metrô. Mas isso significa que somos todos convidados a estar atentos aos chamados de Deus para nós. Talvez sejamos a pequena “ajuda” que Deus usará para trazer de volta a Ele alguns de seus filhos. Para um avô encontrar o caminho de volta para a Igreja, basta talvez que seus netos lhe peçam para ir com eles à missa. Para um casal decidir batizar seu filho, pode ser o suficiente conversar com todo o respeito e delicadeza que a amizade sugere. Para um adolescente “perdido” começar a vislumbrar a Luz, pode ser que ele precise apenas do calor de sua família. Diante da invasão do materialismo ateu, não nos lamentemos. Escutemos Jesus que nos fala: “A colheita é abundante, mas os trabalhadores são poucos.” Vamos orar e agir !

Christine Ponsard