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Os brinquedos eróticos são perigosos para o casal?

COUPLE, KISS, BED

silverkblackstock | Shutterstock

Edifa - publicado em 24/07/20

Às vezes, um casal é tentado à utilização de brinquedos eróticos para estimular sua vida sexual. É uma idéia boa ou ruim? É possível recuperar o prazer dos primeiros dias com novas práticas?

Agathe e Pierre, casados ​​há 25 anos, encontram um desequilíbrio em suas necessidades sexuais, com uma diminuição do desejo nela e algumas falhas no caso dele. Por acordo mútuo, eles decidem apimentar sua vida sexual com o uso de brinquedos eróticos.

Esses objetos que se tornaram tão populares agora são anunciados sem tabus e prometem maravilhas. No entanto, uma vez que a novidade é amortizada, entra um vazio que fica instalado, ainda mais desconfortável, e faz Agathe dizer: “Tenho a impressão de me perder cada vez mais e não sei o que fazer”. E tudo apesar do casal se entender muito bem e valorizar estar juntos. O que acontece então?

O uso de brinquedos eróticos não é suficiente para criar desejo

Os momentos de cansaço e estresse inerentes à vida cotidiana contribuem para a diminuição da expressão amorosa. No entanto, a vida amorosa é essencial para o bom funcionamento dos relacionamentos conjugais.

Um pouco de fantasia ajuda a sair de uma rotina sem graça. Sem dúvida, é isso que muitas pessoas pensam, como Agathe e Pierre: com novas práticas, o casal certamente encontraria o prazer dos primeiros anos. No entanto, eles confundiram entusiasmo e desejo.

O uso de brinquedos eróticos e outras práticas não são suficientes para criar desejo. Buscar apenas a excitação sexual em si mesma objetifica o corpo do outro. Tanto mais quanto mais intensidade será sempre necessária para buscar a satisfação mínima que inevitavelmente será cada vez mais decepcionante.

Qualquer prazer que não carrega um significado espiritual (num sentido amplo) necessariamente leva ou a uma perda de desejo ou à dependência. É o sentido que damos aos gestos que os humaniza.

A técnica não substitui o dom de nós mesmos. Sim para a fantasia, sim para a novidade, sim para a surpresa… mas não qualquer um! E não em nenhum contexto! Nossos corpos mutuamente entregados podem ser uma fonte de muito prazer sem adjuvantes.

Não há dúvida de que você tem que ousar a fazer novas carícias, utilizar novas palavras, criar novos ambientes. Atreva-se a reconhecer que as relações sexuais são boas para o espírito (uma relação sexual gratificante para os dois cônjuges libera ocitocina, um hormônio que tem efeito calmante e antidepressivo).

Atreva-se a pensar que o casal precede os filhos e que você deve se dar de presente regularmente aventuras amorosas.

Isso requer muita convicção e uma boa dose de organização, especialmente se a família é grande. É o preço de uma cumplicidade redescoberta e de um amor renovado, à luz de um abandono total e recíproco.

Marie-Noël Florant

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