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O segredo para evitar brigas entre as crianças

Soeurs qui se disputent

Anna Kraynova - Shutterstock

Edifa - publicado em 02/09/20

Administrar os conflitos entre as crianças costuma ser uma fonte de estresse para os pais. Uma situação em que é melhor prevenir do que remediar

Que tarefa! Os senhores, pais e mães, gostariam de acolher sob o vosso teto, com alegria e bom humor, uma réplica da Sagrada Família. Mas o plano mudou um pouco. Alguns dias, parece que estão criando Caim e Abel, Jacó e Esaú, José e seus irmãos: um briga atrás de outra. Devemos nos acostumar a ouvir insultos e às vezes ver objetos voando entre eles? Claro que não!

A disputa, um sinal de alerta

Em vez de tampar os ouvidos, é melhor abrir os olhos. Os acessos de raiva recorrentes de um contra o outro podem ser um sintoma de rivalidades subjacentes, cuja origem pode ser parcialmente desconhecida dos pais.

Assim, muitas vezes vocês acreditam que estão resolvendo algo que se chama de ciúme, tentando estabelecer um tratamento igual para todos. No entanto, esse esforço é ilusório, destinado ao fracasso. Sob o manto da igualdade, seus filhos realmente reivindicam exclusividade. Eles parecem querer o mesmo que os outros, mas na realidade querem para si mesmos. Tempo, espaço, tranquilidade, atenção, presentes, conversas para uso exclusivo.

Quando cada criança tem a sensação de aproveitar o que precisa para si mesma, as disputas geralmente diminuem de nível. As constantes discussões atraem primeiro a atenção dos pais e a sua intervenção na mesma área do conflito, mas eles também sabem ver aí, acima de tudo, um sinal de alerta. A criança que briga os alerta para uma falta que expressa a busca pelo conflito. Pode haver causas profundas, mas também simples elementos desencadeadores. O principal motivo é a ociosidade. Quando você não sabe o que fazer, caçoar do vizinho pode ser uma atividade estimulante. Integrar a criança nas atividades dos pais é uma maneira eficaz de neutralizar os conflitos.

Dar exemplo

Em suma, essas disputas convidam à coerência: a criança aprende imitando. Tente não fazer o show com uma vida de casal que se resume a administrar mal-entendidos! Faça com que a criança entenda que ela não deve gritar com seus irmãos e irmãs porque, na vida, ninguém tem o direito de gritar com ninguém. Não discutir na frente das crianças é o melhor e o mais exigente dos argumentos. É o que dá coerência às suas palavras quando vocês lhes dizem: “Não fale nesse tom com o seu irmão, não bata na sua irmã, porque você vê que os adultos não fazem. Nunca…”.

É assim que se reintegra uma história sagrada, a das crianças que existiram, que certamente uma vez conversaram com os irmãos e irmãs, mas que, como adultos, aprenderam a superar a insatisfação e os ânimos arrependidos. A história deste povo obstinado é a história de todos nós, aquela que nos conduz ainda e sempre aos pés da Sagrada Família.

Jeanne Larghero

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