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Levantar cedo, a chave para um dia de sucesso

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© Gpointstudio/Shutterstock

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Edifa - publicado em 08/09/20

Você sonha com uma 25ª hora do dia para ter um tempo para você? Adiantar o despertador em uma hora permitiria que você concluísse todos os projetos que lhe são importantes. Encontre aqui as chaves para iniciar este novo hábito!

Como é possível encontrar tempo para si mesmo quando o dia passa a toda velocidade, e as demandas nos atormentam já pela manhã? Basta adiantar o seu despertador em uma ou duas horas! Não, não é um pesadelo… Quem não gostaria de encontrar novas energias, maximizar habilidades, aliviar o estresse, ter uma saúde melhor? Levantar cedo possibilitaria interromper a fuga do tempo, essa sensação de correr sem nunca conseguir realizar seus desejos mais profundos.

Para reabastecer as energias

Todos os dias, por volta das 6h da manhã, Valéria se levanta. Mãe de três filhos, de temperamento apaixonado e vice-diretora de uma grande empresa. “Descobri a necessidade de equilibrar minha vida entre o tempo para mim, o tempo para a família e o tempo para o trabalho”. Tempo para si mesma, ela o encontra pela manhã, respirando o ar fresco do lado de fora, fazendo exercícios de pilates na sala de estar ou caminhando por meia hora com o marido. Sem telefone, só uma olhadinha nos e-mails: “Não há urgência, não devemos pensar que somos indispensáveis. Resultado: me sinto mais disponível porque estive disponível para mim”.

Aos 33 anos, Eduardo é responsável pela família: “Foi isso que me fez ultrapassar os limites do tempo”. Levanta-se às 5h30, oração, exercício físico, passar roupas, ler, trâmites administrativos, pequenos artesanatos… No momento, ele está consertando brinquedos infantis. Este parêntese, vivido no silêncio da casa e sem ser incomodado, dá-lhe a impressão de realmente viver, de recarregar as baterias, a ponto de adotar o mesmo ritmo nas férias com mais uma hora de sono. Equilíbrio de vida, este é um dos primeiros frutos observados nos madrugadores.

Outro ativo da fórmula: criatividade. Depois de tomar seu café no jardim, agradecer por “estar no mundo”, sonhar, meditar, rezar, Colette começa a escrever: “Tudo começa, tudo é possível. Eu tenho uma mente nova, estou cheia de energia e desejo. Gosto de contemplar as árvores ou o mar dependendo de onde estou. Estou focada, conectada ao essencial”.

O segredo dos madrugadores

Adiantar o alarme em uma hora parece fácil. Mas é assim tão fácil mesmo? E se você for para a cama tarde na noite anterior, se um filho tiver ficado doente durante a noite, se o cônjuge tiver um ritmo diferente, se você trabalhar em turnos ou mudar de horário? “Eu me pergunto como fiz isso”, diz Colette, que escrevia sua tese todas as manhãs às 5h da manhã, enquanto seus cinco filhos dormiam. “É uma luta”, admite Elisabeth, mãe de uma grande família. “É cansativo”, admite Eduardo. “Muitas vezes tenho vontade de ficar na cama”, confessa Axelle, solteira, que ocupa um cargo de responsabilidade na comunicação.

O segredo? Um ritmo de vida equilibrado, tirando uma soneca curta ou indo para a cama mais cedo, por volta das 22h30. Depois de praticar esportes, orar, fazer as atividades diurnas e noturnas, cuidar dos filhos se necessário, o sono geralmente vem muito rápido. Em caso de imprevisto, os madrugadores se permitem um pouco mais de sono, mas não muito, “senão não teria tempo para fazer as coisas”, explica Eduardo.

Mas tome cuidado para não reduzir demais seu tempo de sono

A “mania matinal” seria, portanto, acessível a todos, desde que seja movida pela vontade de realizar seus desejos mais caros. Pascal Ide, sacerdote e médico, adverte, porém, que “devemos alegrar-nos pela redescoberta do ritmo fundamental do homem e da natureza: o dia é feito para a atividade e a noite para o descanso. Esta foi uma das grandes contribuições da Regra de São Bento”. Mas “os hipnologistas (médicos do sono) acreditam que algumas pessoas são mais produtivas pela manhã e outras à noite. Nem todos têm a mesma qualidade de presença de atenção assim que acordam bem cedo pela manhã”.

O Padre Ide adverte contra qualquer redução na quantidade de sono necessária: “Assim como a necessidade de beber água ou respirar, dormir – e dormir por um período de tempo que repare nossa psique e nosso organismo – é vital. Qualquer redução leva a efeitos como por exemplo a uma maior sensibilidade a doenças. Além disso, gastamos nosso capital de saúde mesmo que os efeitos não sejam visíveis num primeiro momento. E esta necessidade deve ser atendida a cada dia. Não é possível acumular reduções (dormindo seis horas por noite) para compensar nos finais de semana (doze horas por noite)”.

Depois de saborear os benefícios desse momento privilegiado, é difícil abandona-lo. Charles, 57 anos e pai, passou a levantar-se às 6h da manhã depois de passar pela doença e pela perda de um ente querido. “Com as preocupações, meu ritmo biológico mudou. Passei a acordar cada vez mais cedo. Passei muito tempo tentando buscar uma solução. Eu precisava esvaziar a minha mente, e por isso resolvi ir nadar quase todas as manhãs depois de deixar as crianças na escola. Desde então, peguei esse ritmo e já ajo automaticamente. Ter ocupado esse horário pela manhã com um esporte trouxe energia aos meus dias. A motivação se torna cada vez mais forte ao longo das semanas e meses. Eu sei que esse novo hábito me faz sentir muito bem e já não posso viver sem ele”.

Bénédicte de Saint-Germain

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