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5 passos para santificar o seu quotidiano com a ajuda de São Josemaría

ST JOSEMARIA ESCRIVA,OPUS DEI
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Edifa - publicado em 23/09/20
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Chamado de padroeiro da vida quotidiana, São Josemaría estava convencido de que as circunstâncias da vida não são um obstáculo no caminho do aperfeiçoamento e do sacrifício. A seguir, veja os cinco passos necessários para adotar essa filosofia em seu dia-a-diaO fundador do Opus Dei tinha uma convicção, presente em todos os seus escritos: a santidade a que o cristão “comum” é chamado a viver não é uma santidade barata. É um convite a se tornar um verdadeiro “contemplativo no meio do mundo”. Utópico? Não, contanto que você siga os cinco passos a seguir que o ajudarão a santificar a sua vida quotidiana.

1Ame a realidade das circunstâncias presentes

Você realmente quer ser santo?” perguntou São Josemaría. “Cumpra os pequenos deveres de cada instante: faça o que tem que fazer e esteja presente em tudo o que fizer”. Mais tarde, ele desenvolve esta abordagem realista e concreta da santidade no meio do mundo na homilia Amando o Mundo com Paixão: “Então deixe os sonhos, os falsos idealismos, as fantasias – em uma palavra, o que estou acostumado chamar de mística do “se” – “Ah! se eu não tivesse casado; ah! se eu não tivesse essa profissão”. Atenha-se à realidade mais material e imediata, pois é aí que o Senhor está.”

Este “santo do ordinário” convida-nos a um verdadeiro mergulho na aventura da vida quotidiana: “Não há outro caminho, meus filhos: ou aprendemos a encontrar o Senhor na nossa vida quotidiana, ou nunca seremos capazes de encontra-lo”.

2Descubra aquele “toque divino” escondido por trás dos detalhes

Deus está perto de nós”, gostava de lembrar Bento XVI. É também a forma como São Josemaría acompanhava com ternura aqueles que o ouviam: “Vivemos como se o Senhor estivesse longe, lá em cima, onde brilham as estrelas, e não percebemos que ele também está sempre ao nosso lado”. Como então encontrá-lo, como entrar em relação com ele? “Saibam disso: há algo santo, divino, escondido nas situações mais comuns, e cabe a cada um descobrir”.

Basicamente, trata-se de transformar todas as circunstâncias do dia a dia, agradáveis ​​ou não, numa fonte de diálogo com Deus. E, portanto, de contemplação: “Essa tarefa banal, semelhante à realizada por seus colegas de trabalho, deve ser para você uma oração contínua, com as mesmas palavras íntimas e familiares, mas a cada dia com uma melodia diferente. Nossa missão é justamente a de transformar a prosa desta vida num poema heroico”.

3Busque a unidade de vida

Para São Josemaría, a aspiração a uma vida autêntica de oração está intimamente ligada à procura do aperfeiçoamento pessoal, através da aquisição das virtudes humanas “inseridas na vida da graça”. Ter paciência face ao adolescente rebelde; o sentido da amizade e a capacidade de admiração nas relações com os outros; a serenidade face a um amargo fracasso. Para São Josemaría esta é a “matéria-prima” do diálogo com Deus, campo de exercício da santificação. Trata-se de “materializar a vida espiritual” para evitar a tentação de “levar uma espécie de vida dupla: por um lado, a vida interior, a vida de relacionamento com Deus; por outro, uma vida distinta e separada, familiar, profissional, social, cheia de pequenas realidades terrenas”.

Um diálogo, relatado em Caminho, ilustra bem este convite: “Por que esta Cruz de madeira? você me pergunta. E eu cito esta passagem: ‘Quando você tira os olhos do microscópio, seu olhar recai sobre a Cruz negra e vazia. Essa cruz sem o Crucificado é um símbolo. Tem um significado que os outros não conseguirão ver. E aquele que, cansado, estava a ponto de desistir da tarefa, volta ao microscópio e continua o seu trabalho, porque a Cruz vazia chama os ombros que podem carrega-la’.”

4Ver Cristo nos outros

Nossa vida diária é essencialmente uma vida de relacionamentos, família, amigos, trabalho. Fontes de alegrias como de tensões inevitáveis. Para São Josemaría, o segredo é saber “reconhecer nos nossos irmãos o Cristo que vem ao nosso encontro”. Ninguém é um verso solto. Todos fazemos parte do mesmo poema divino que Deus escreve com a ajuda de nossa liberdade”, escreveu.

Portanto, as relações cotidianas também geram em nós um descanso, uma renovação: “Criança. Doente. Você não se sente tentado em escrever essas palavras em letras maiúsculas? Para uma alma que ama, para as crianças, para os doentes, é Cristo, ele que está presente”. E deste diálogo íntimo e contínuo com Cristo brota também com naturalidade o desejo de falar sobre ele aos outros: “O apostolado é o amor de Deus que transborda, doando-se aos outros”.

5Tudo fazer por amor

“Tudo o que você faz por amor adquire beleza, grandeza”. Este é, sem dúvida, o resumo da espiritualidade de São Josemaría. Não se trata de tentar fazer grandes coisas, esperando circunstâncias extraordinárias para se comportar heroicamente. Se trata muito mais de se apegar humildemente ao pequeno dever de cada momento, colocando todo o seu amor e toda a perfeição humana naquilo que somos capazes de fazer naquele momento.

São Josemaría gostava especialmente de usar a imagem do burrinho junto ao poço, cuja vida, aparentemente insípida e monótona, se revela extraordinariamente fecunda. “Bendita seja a perseverança do burro na roda d’água! Sempre no mesmo ritmo. Sempre as mesmas voltas. Dia após dia, tudo igual. Caso contrário, as frutas não estariam maduras, o pomar não estaria cheio de frescor, e o jardim seria privado de aromas. Aplique esse pensamento à sua vida interior”.

Béatrice de La Coste