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Os benefícios surpreendentes de compartilhar o quarto com irmãos

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© Olesia Bilkei I Shutterstock

Edifa - publicado em 06/10/20

A convivência com vários irmãos no mesmo quarto traz múltiplos benefícios, desde que saibam conviver e respeitar o ritmo e a privacidade de cada um

Quando eu era criança, trocar de quarto era a mesma coisa que trocar de lugar na aula, mas mais divertido: um acontecimento em miniatura. A disposição dos lugares fica em nossa memória, junto com as pequenas lembranças de cada lugar. Em muitas famílias, existe um quarto para as crianças e outro para os adultos, até que um dia, o filho mais velho ocupa o quarto para ele ou para ela. Este conceito geográfico doméstico marca discretamente as etapas de uma história familiar.

Compartilhar um quarto ajuda você a se entender melhor

Em alguns casos, descobri outra maneira de procedimento que me surpreende e me parece benéfica. São famílias em que colocam um irmão mais velho junto com outro menor, do mesmo sexo, claro. Os ritmos são diferentes, mas pelo menos não podem ser ignorados.

Acima de tudo, é uma oportunidade de “trabalhar” as relações entre irmãos. De fato, o mais velho exerce um pequeno apostolado para com o mais novo – muitas vezes, motiva-o a rezar – e realiza uma cura de almas à escala familiar.

Assim, esta convivência ajuda aos irmãos jovens e os irmãos mais velhos a realmente se conhecerem. Porque eles podem ser irmãos e irmãs e ainda assim se conhecerem mal. Com o passar do tempo sob o mesmo teto, é necessário que os laços familiares construam-se para além das lutas e atritos.

Tenho a convicção de que, fora da família, existem outros lugares que podem servir, e muito, para construir como pessoas. Mas dentro dos irmãos existe ainda um elemento edificante, uma sociabilidade cotidiana, um acolhimento da alma, um apostolado familiar. De fato, além do vínculo de carne e sangue, é o vínculo do corpo de Jesus que é tecido e encarnado na vida diária. É verdade que cada criança é única, da mesma maneira que cada família. E é precisamente por isso que resiste à modelagem o realismo do educador que se deixa inspirar pelo Espírito do Senhor.

Aprender a amar

A marcação do território entre irmãos e irmãs desacelera, talvez, essa necessária descentralização de cada um sobre si mesmo. Em outras palavras, o desapego e a entrega já são aprendidos entre os irmãos. Por conseguinte, sem recomendar superlotação ou suprimir os espaços íntimos, essa perambulação pela casa poderia ajudar a olhar para os irmãos de forma diferente e entendê-los melhor. Frequentemente, os irmãos são aqueles entes próximos a quem devemos aprender a amar. Que Jesus nos incumbe para amá-los. E Ele, que não tinha “onde reclinar a cabeça”, provavelmente dormia com um discípulo diferente todas as noites.




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