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Casamento: a regra 80/20 para evitar as brigas do casal

KŁÓTNIA

Africa Studio | Shutterstock

Edifa - publicado em 07/10/20

Pequenas brigas comuns podem colocar o casal em perigo. Para evitar ficar preso em relacionamentos destrutivos, a ideia principal é expressar as emoções com moderação.

“O meu marido me diz que eu sempre o repreendo, e que ele já não aguenta mais”, confessa Éva. “Mas as brigas são justificadas”, continua ela, “porque me parece que ele sempre está fazendo coisas que eu não gosto”. Chloé, por sua vez, sofre as censuras do marido – “ele grita comigo!” – e não sabe que atitude ter, entre a culpa de magoar e a tristeza de decepcionar. Sentimentos aos quais se soma o de não ser reconhecida como uma pessoa bondosa.

Essas pequenas brigas corriqueiras, entre as quais se encontram as repreensões contínuas, minam a relação e podem vir a rotular, às pressas, o/a agressor/a de “narcisista perverso” e, portanto, a pessoa agredida de “a” vítima. Contudo, esta forma de condenação esconder nossa parcela de responsabilidade por termos aceitado esses comportamentos. Porém, é importante lembrar a regra 80/20 aplicada à comunicação, ou seja, um limite mínimo de quatro intervenções positivas para pronunciar uma intervenção negativa.

Um caminho de ternura e humildade

As reprovações e brigas do casal são inevitáveis? Como sair dessas espirais mortais em que ninguém encontra, obviamente, seu espaço de bem-estar conjugal? A descoberta do outro, diferente da imagem que tínhamos dele ou dela, provoca uma certa quantidade de sentimentos confusos e muitas vezes negativos: raiva por ter sido “enganado/a”, exasperação pelas coisas não estarem como estão, mas também decepção, com o outro e consigo mesmo, por não conseguir adaptar-se à essas diferenças que vão surgindo.

No entanto, é precisamente a aceitação desta realidade que é o desafio da vida de casal. Sim, meu cônjuge é diferente, embora compartilhemos uma série de valores que são fundamentais para nós. De fato, não casei com meu clone, felizmente! E será necessário que nos adaptemos um ao outro, que tenhamos em conta as nossas formas de funcionamento (e isto em todas as áreas!), para construir este “nós” que caracteriza o casal. Por trás das censuras geralmente estão questões de poder: eu sei o que é bom para nós, quero controlar a situação.

Assim, para evitar ficar preso em relacionamentos destrutivos e em discussões, a idéia principal é expressar suas emoções com moderação. Fale sobre “eu” e não de “você”. Estabelecer limites, com calma, para a violência expressa. E se os comportamentos não melhorarem, será útil para o casal recorrer a um terceiro neutro para ajudá-los a descobrir o que está por trás dessas pequenas brigas comuns. “Senhor, faça de mim um instrumento de sua paz. (…) Que onde houver discórdia, que eu leve a união”, propõe São Francisco. Um caminho de ternura e humildade.


COUPLE

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