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Sexualidade: como reacender o desejo quando ele fica paralisado?

CASAL DE MÃOS DADAS

Priscilla du Preez/Unsplash

Edifa - publicado em 19/10/20

Basta um pouco de esforço para preservar no casal o desejo de iniciar o relacionamento amoroso e manter uma saudável sexualidade

A sexualidade pode realmente se desenvolver plenamente num casal a longo prazo? O tempo não esgota essa vitalidade poderosa desde o início do relacionamento? Alguns casais afirmam, como Brigitte e Pierre, que anseiam por “aqueles tempos felizes” nos quais era suficiente para eles compartilhar um momento íntimo para que seus corpos pegassem fogo. Hoje em dia, têm a sensação de terem atingido o limite com a sua sexualidade ao conhecer, segundo eles dizem, todos os gestos e carícias que lhes agradam. De fato, este pode ser um dos obstáculos, mas não o único, para continuar a encontrar interesse – e prazer! – nesses momentos de intimidade carnal, que nascem também da fantasia e da engenhosidade.

Pequenas separações permitem bons reencontros

Às vezes, ao longo dos anos, pode desenvolver-se um certo pudor que coloca os cônjuges em dificuldades com a ideia de ousar realizar certas carícias: “É provável que meu esposo/a me veja como muito sensual e, portanto, indecoroso/a”. Mas que cônjuge afetuoso ficaria surpreso com as carícias oferecidas com respeito e ternura?

Uma promiscuidade muito grande é outro obstáculo na harmonia sexual dos cônjuges. Pode parecer contra-intuitivo, mas o desejo se alimenta de uma certa distância. A vida cotidiana geralmente é responsável por distanciar o casal por meio do trabalho profissional, do trabalho doméstico, da gestão da vida familiar, etc.. Mas os filhos fora do ninho e com a chegada da aposentadoria, por exemplo, tendem a aumentar o tempo que o casal passa junto. E é uma vantagem encontrar vocês dois sozinhos, desde que tenham o cuidado de não estarem sempre próximos um do outro. Enfim, as pequenas separações geradas por diferentes atividades permitem criar essa pequena carência tão necessária para ajudar nos bons reencontros.

Sexualidade e abstinência

Na verdade, nenhum casal pode evitar a perda de “impulso”. Mas você tem que ter cuidado para não permitir a abstinência. Mesmo que o desejo não esteja em seu nível mais alto, é importante manter essas proximidades carnais íntimas. Sem dúvida, há vinte ou trinta anos, Brigitte e Pierre não teriam pensado nessa questão, mas os tempos mudam e hoje, pela mídia, a imagem de um casal feliz passa por uma “sexualidade prazerosa”. Mas é verdade que uma vida relacional e sexual satisfatória gera bem-estar, serenidade e bondade, que fazem da vida conjugal um refúgio para se viver bem. E não esqueçamos que a sexualidade é uma dimensão unitiva, como lembrava São João Paulo II.




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