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Como proteger nossos filhos dos perigos sem separá-los do mundo?

POWRÓT DO SZKOŁY

David Tadevosian | Shutterstock

Edifa - publicado em 18/11/20

É normal querer proteger nossos filhos. Mas quando a proteção se torna superprotetora, ela impede que as crianças descubram o mundo e, assim, evoluam normalmente. Como encontrar o equilíbrio entre a vigilância e o desapego?

Concordamos em dizer que é natural proteger os filhos de acidentes e pensamos espontaneamente nessa segurança do corpo e dos bens. No entanto, devemos fazer a seguinte pergunta: “De que tipo de segurança meu filho precisa?” Fazer essa pergunta talvez mude completamente algumas atitudes perante a vida.

Aceitar o risco de vida é permitir que nosso filho descubra o mundo

Cabe a nós ensinar nosso filho a avaliar o risco sem impedi-lo constantemente de enfrentá-lo. Mais uma vez, tudo o que aprendemos na infância, passo a passo, permite que nos aproximemos da idade adulta como pessoas edificadas. Quais são os riscos, os perigos que podemos permitir que nosso filho enfrente e, com isso, amadureça e se sinta mais forte e mais vivo? Que criança, depois de subir no alto de uma árvore ou saltar de uma altura um pouco razoável, não disse com alegria: “Olha mãe, como sou forte!”

Proteger os filhos com sabedoria e inteligência

Qual é a nossa reação então? Se nos permitirmos ser guiados pela primeira emoção de surpresa inquieta, há uma boa chance de que a alegria de nosso filho seja rapidamente despedaçada por nossos gritos de medo diante dos perigos aos quais ele foi exposto (e que ele superou!), por nossos gritos de indignação em face da desobediência. Dominar essa primeira reação e parabenizar pelo desafio vencido não significa endossar a desobediência, se ela ocorrer, mas começar admirando a demonstração permitirá que a criança tenha mais receptividade para entrar nas nuances de sua atitude. A criança, ao mesmo tempo que reconhece suas aptidões, aceitará escutar o discurso dos seus pais sobre a obediência exigida e a necessidade de respeitar a prudência. Porque estas palavras não serão mais de afetividade ferida, mas de educadores que querem fazer o aluno crescer.

Proteger os filhos ajudando-os a descobrir o mundo

Aceitar o risco da vida é permitir que nosso filho descubra o mundo, se aproprie dele. Em toda a primeira infância, essa descoberta se dá por meio do toque e da sucção. É divertido ver até que ponto a criança sentada no meio do cascalho vai adorar o que está à sua volta e começar a colocar coisas na boca e depois cuspir. Será que isso é realmente tão perigoso se estivermos observando atentamente ao lado? Por que nos irritar tentando em vão evitá-lo? Esse lugar de conflito se torna num lugar de aprendizagem e orgulho!


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