Contemplar a diversidade na vida dos santos pode ajudá-los a parar de comparar seus filhosQuando olhamos para os santos e santas, ficamos impressionados com a imensa diversidade entre eles, não há dois iguais. Nós constatamos estando com eles que a graça de Deus não extingue a natureza humana, mas a torna fecunda. Todas as cores numa paleta enorme parecem trazer cada vez uma luz diferente. Essa consideração é muito valiosa na estratégia de parar de comparar os filhos.
A santidade não gera clones. O olhar dos pais se enriquecerá tentando dedicar o olhar de Deus aos filhos. E é que esse look evita que sonhemos que os filhos sejam parecidos uns com os outros ou sejam parecidos conosco.
Aprender a olhar para o outro com os olhos de Deus
Acolher a vida não consiste apenas em dar vida. Falta ainda aceitar plenamente a graça de cada um de nossos filhos e até procurá-la. Desta liberdade interior dos pais nasce a liberdade de seus filhos. E o sinal desta liberdade interior reside na alegria de cada um de ver os outros darem frutos diferentes.
Podemos revelar à criança, mas ainda mais ao adolescente, que percebemos o que há de único nele e que amamos o que torna sua graça única. E podemos fazer isso sem necessariamente compará-lo a suas irmãs e irmãos em termos de “ele é melhor ou menos melhor”.
Daí, aos poucos, em cada um, nascerá a certeza de que podem traçar seu próprio caminho. Mas para que este exercício não seja algo formal, temos que aprender a olhar o outro com os olhos de Deus, a desejar com paciência a sua santidade. Quanto maior for o nosso desejo, menos formatada será a nossa educação.
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Abade Vincent de Mello