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4 coisas que você deve saber para dar aos filhos confiança em si mesmos

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Lopolo - Shutterstock

Edifa - publicado em 08/12/20

A confiança se constrói por meio dos laços que se tecem com os outros e através das experiências vividas. Aqui estão quatro coisas que você deve saber sobre como inspirar confiança em seus filho

A confiança é uma das competências da educação, mas como é dada ou devolvida às crianças? Aqui você encontrará alguns elementos de reflexão para ajudá-lo nesse sentido.

A confiança entusiasma

Quantos pais e educadores acham que, para entusiasmar uma criança, para estimulá-la, é preciso mostrar-lhe os seus fracassos, castigá-la, repreendê-la … mas isso, a única coisa que consegue com mais frequência são as catástrofes. Simplesmente, você tem que restaurar a confiança em si mesmo: a criancinha que cai nos seus primeiros passos e que recompensaremos com um alegre “bravo!”, “Você pode!”; o desajeitado que quebra um prato e recebe um sorriso agradecido pelo serviço que pretendia prestar; as dificuldades escolares cujas evoluções devem ser sempre destacadas …

A confiança é contagiosa

Para que nossos filhos tenham confiança em si mesmos, temos que começar por confiar em nós mesmos e, principalmente, em nossa capacidade de ser bons pais. Quando comparamos quem queríamos ser com quem realmente somos, nos sentimos inferiores a tudo. Todos nós sonhamos em ser pais perfeitos mas os pais perfeitos não existem e nossos filhos não poderiam ter pais melhores do que nós, porque o Senhor nos escolheu para ser! E embora Ele conheça nossos limites e nossos pecados, Ele também conhece melhor do que ninguém todos os talentos que temos e as graças que nos são dadas para cumprir nossa missão como educadores cristãos.

A confiança é uma atitude exigente

A confiança exige tanto de quem a dá como de quem a desfruta dela. Mostrar confiança numa criança não é deixá-la agir de qualquer maneira: “Faça o que quiser, eu lavo minhas mãos”. Pelo contrário, é para estabelecer um pacto com ela: “Espero algo de você: sei que você é capaz de fazer isso e pode contar comigo para ajudar-te”. Esta dupla certeza – posso fazer isso bem e os meus pais estão ao meu lado – é um motor potente que permite à criança progredir continuamente.

A confiança deve ser medida e progressiva. Desde o seu nascimento, a criancinha precisa sentir que temos confiança nela, mas não podemos dar a mesma confiança a um bebê de poucos meses que a um adolescente de 15 anos! Se nossa confiança não estiver adaptada às possibilidades reais da criança, ela vai esmagá-la em vez de ajudá-la a crescer. Juliette de 12 anos de idade, é muito capaz de ficar de olho em seus irmãos e irmãs mais novos; entretanto, seus pais ainda não lhe confiam essa responsabilidade à noite, porque sabem que ela tem um caráter ansioso.

Embora a confiança possa fazer maravilhas, o medo da decepção pode levar à catástrofe: ser excessivamente confiante significa exigir demais. Se colocamos muito alto o nível, nossos filhos se recusarão a pular.

A confiança é dada e devolvida

A confiança não é “tudo ou nada”. Para um filho que mentiu seriamente para nós, somos tentados a dizer à ele: “Não confiamos mais em você”. Deveria ser acrescentado: “Cabe a você reconquistar nossa confiança”. O capital confiança não é como uma conta bancária, é inesgotável … ou deveria ser!

Quando não podemos confiar numa criança em relação a algum assunto (porque mente, porque é esquecida ou desajeitada, porque não controla seus acessos de raiva, etc.), valorizemos as áreas em que podemos contar com ela. Sempre há alguma, mesmo nas crianças mais difíceis ou nos adolescentes mais rebeldes.

Vamos estabelecer um clima de confiança em torno de nossos filhos. Eles precisam que confiemos neles, mas também naqueles ao seu redor, aqueles que cuidam deles em algum âmbito: professores, catequistas, educadores, avós, tios, amigos, etc.. É verdade que convém estar atentos e não confiar nossos filhos a ninguém; é verdade que dar a nossa confiança – aos professores, por exemplo – não consiste em colocar sobre eles toda a responsabilidade educativa mas não passemos tudo pelo crivo da suspeita! A vigilância deve andar de mãos dadas com a benevolência. Do contrário, são as crianças as primeiras a sofrer com isso!

Deus tem confiança em nós: sabemos disso o suficiente? Se Ele não nos capacitasse para fazer o melhor, não nos pediria. E este “melhor” consiste, primeiro, em deixar-se amar por Ele, incondicionalmente, tal como somos. Este “melhor” consiste em colocar toda a nossa confiança Nele para tudo e para sempre.


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