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Incentivar as crianças sem alimentar demais o seu ego

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Lopolo - Shutterstock

Edifa - publicado em 16/12/20

Para amadurecer e progredir, todas as crianças precisam de incentivo. Mas como você valoriza suas qualidades sem inflar demais seu orgulho?

Desde os primeiros meses de vida, a criança precisa sentir a confiança dos seus pais. A alegria e o orgulho com os quais recebem o menor dos seus progressos – seja segurando a colher ou ousando dar os primeiros passos – são poderosos estimulantes que lhe dão grande confiança e lhe convidam a ir ainda mais longe. É assim que ela poderá crescer. Ela estará constantemente procurando no olhar dos seus pais a confiança que a motiva a perseverar no esforço, que a faz querer tornar-se adulta e que lhe permite, quando chegar a hora, alçar o vôo. Mas não devemos esquecer que incentivar com propriedade é incentivar na verdade.

Embora seja ruim insistir nos limites da criança, não é melhor mantê-la na ilusão de que ela sabe tudo e pode fazer tudo. No início, isso pode lhe dar confiança em si mesma, mas mais cedo ou mais tarde ela perceberá o engano e inevitavelmente começará a duvidar de si mesma e dos outros. Deus lhe confiou aptidões que a tornam uma pessoa insubstituível, aí está o seu valor! São essas aptidões que devemos ajudar a criança para que ela conheça elas e que ela faça elas darem bons resultados. Um filho é um segredo que Deus revela aos poucos aos seus pais. Para estimular de verdade, você tem que fazer exigências. O ponto de incentivo não é agradar a criança ou os pais. O objetivo é ajudá-la a amadurecer. E, para isso, a criança precisa que a confiança dos pais seja expressada sem demagogia.

Saber graduar as exigências

Motivar não é ficar satisfeito fazendo uma lista das aptidões de uma criança. Motivar é oferecer as referências que lhe permitirão dar o melhor de si. Portanto, é recorrer à autoridade dos pais sem nunca esquecer que a primeira qualidade de quem exerce a autoridade é amar quem lhe foi confiado, não impor uma visão das coisas, mas estar à serviço do seu crescimento e da sua maturidade.

Você tem que saber graduar as exigências e tentar distinguir em quais pontos elas devem se concentrar. Se aumentamos as exigências, se tentamos lutar em todas as batalhas ao mesmo tempo, corremos o risco de criar desânimo. Você não precisa exigir muito da criança, mas peça-lhe o suficiente para que ela vá ao limite de suas possibilidades em todas as áreas. Isso significa respeitar profundamente quem ela é, sem tentar encaixá-la nos sonhos dos pais de um filho ideal. Ao mesmo tempo, não se contente com as coisas pela metade ou dê desculpas fáceis demais para a criança. Você tem que correr o risco de vê-la cometer erros, cair, suportar o fracasso. Resista à tentação de agir em seu lugar e assumir as responsabilidades que cabem ao filho ou filha.

Deus sempre nos motiva, nunca nos lisonjeia. Ele nos ama demais para permitir que vegetemos numa mediocridade tranquila. Em sua misericórdia, Ele nos revela nossa beleza, mas também nos mostra nosso pecado. Seu amor é exigente. Ele nunca perde a paciência com nossas quedas, nossas relutâncias, nossas recusas, mas não se contenta com meias medidas. Incansavelmente, Ele nos chama a amar mais.

Christine Ponsard

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