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Como a Virgem Maria está junto de nós ao longo do ano?

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Di thaagoon|Shutterstock

Edifa - publicado em 04/01/21

Peçamos pois à Mãe de Deus que esteja junto de nós durante estes 365 novos dias que se abrem diante de nós

Uma semana depois do Natal, a Igreja comemora solenemente a maternidade divina da Virgem Maria. Claro, já tínhamos comemorado ela no Natal, não saberíamos como dissociá-la de seu Filho Jesus. É por isso que, durante séculos, na liturgia ocidental, não há uma festa que comemore especialmente a maternidade divina de Maria, fora das tradições locais. Exceto o Papa Pio XI, que estendeu esta solenidade à Igreja universal para assinalar melhor o extraordinário privilégio de Maria, Mãe de Deus. Efetivamente, ela mantém um lugar muito particular na História da Salvação: é por meio dela e nela que o Filho de Deus se faz homem para salvar todas as pessoas.

Uma semana após o Natal é também o primeiro dia do ano novo, quando gostamos de mandar desejos de felicidade com as pessoas que estão perto de nós. O fato de este dia ser consagrado a Maria, Mãe de Deus, é um convite para confiar esses desejos para todas as pessoas a quem nos dirigimos. Um convite também a confiar-nos à Ela, que nos pode ajudar melhor do que ninguém a encontrar a verdadeira felicidade durante os 365 dias que começam a abrir diante de nós.

A Virgem Maria acompanha todos os pais

Maria é mãe, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Peçamos continuamente à Ela que nos ajude em nossa missão de pais. Maria não era uma mãe de família como as outras, sendo a Mãe de Deus, mas era uma mãe semelhante às outras como mãe de um verdadeiro menino pequeno, “de carne e osso”, que precisava ser cuidado exatamente como todas as outras crianças pequenas na Terra. Não há que ter nem que oferecer às crianças uma visão etérea da Sagrada Família.

Como todas as mães, Maria preparava as refeições, lavava e trocava o seu bebê, ensinava-o a andar e a organizar as coisas. Conhecia também o cansaço do final do dia e o desânimo, às vezes, diante da louça ou da roupa a ser lavada. A vida da Sagrada Família não tinha, à primeira vista, nada de excepcional: o que era excepcional era o amor infinito com que Maria, José e Jesus realizavam todas as coisas … começando pelas coisas mais prosaicas que preenchiam seus dias da mesma forma que preenchem os nossos.

Maria nos ensina a dizer “sim” a Deus na vida diária

Maria, Mãe de Deus, é a primeira de todas as criaturas. E ainda assim sua vida é muito discreta e humilde, ela se submete à Lei Judaica como todas as outras mulheres (por exemplo, para a purificação). Não se destaca. Nas ruas de Nazaré, junto à fonte, nada a distingue das outras mulheres, ninguém adivinha o quão extraordinário há nesta vida normal. Maria nos ensina a preservar o nosso lugar, sem nos orgulharmos dos talentos que Deus nos deu ou com os quais dotou nossos filhos. Ela nos ensina que a única coisa que conta é desejar a Deus, dizer “sim” à Ele em tudo e para tudo, sem nos preocupar ou glorificar que aqueles “sim” nos possam guiar por caminhos extraordinários.

Maria sabe que tudo vem de Deus. E é por isso que é felizmente livre. Vamos nos lembrar do magnificat. Maria ensina-nos a saber reconhecer os nossos dons, a cultivá-los para os fazer frutificar, mas sempre conservando o coração pobre: ​​o coração de quem sabe que não é nada por si só e que recebe tudo de Deus.

Ficar em paz em qualquer circunstância

Maria, Mãe de Deus, é também filha de Deus e sabe que é amada além de tudo. Ela tem plena confiança, embora não saiba o futuro da terrível profecia de Simeão no Templo de Jerusalém: “Esta criança será a causa da queda e elevação de muitos em Israel; será um sinal de contradição, e uma espada perfurará seu coração. Desta forma, os pensamentos íntimos de muitos se manifestarão claramente”(Lc 2, 34-35).

Imagine ouvir tal profecia menos de dois meses após o nascimento de nosso bebê. Mas Maria não se incomodou. Não que ela fosse insensível, pelo contrário, nem protegida da preocupação materna; basta reler no Evangelho a recuperação de Jesus no Templo: “Meu filho, por que você fez isso conosco? Pensa que eu e teu pai te procurávamos angustiados”(Lc 2, 48). A fé não é um calmante e a fé de Maria não lhe impediu para nada de sofrer como qualquer mãe … ainda mais, porque ela ama mais. Mas ela sempre permanece imersa em Deus, então nada perturba ela profundamente. Tudo se desenvolve nela num fundo de paz alegre e indestrutível. É esta paz que lhe podemos pedir, neste início de ano, para as nossas famílias e para o mundo inteiro.




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Christine Ponsard

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