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Seis boas maneiras de receber a paz de Jesus na vida cotidiana

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mavo | Shutterstock

Edifa - publicado em 04/01/21

Somos como baterias: se não nos recarregamos diariamente, “descarregamos” rapidamente. A oração nos permite reabastecer-nos de paz

Quando Jesus ressuscitado aparece entre seus discípulos, ele lhes diz: “A paz esteja convosco!” (Jo 20,19). Ele lhes dá sua paz e também a nós. Mas com a paz acontece como com todos os dons de Deus: eles são propostos, nunca impostos. Sabemos como receber a paz de Jesus?

1. Parar de correr

Nossa vida está hoje em dia muito atarefada e sobrecarregada. A paz é mal adaptada ao ruído e à precipitação. Certamente, nosso ritmo de vida não depende de nós, pelo menos não totalmente, porque temos a tendência de inventar obrigações. Não sabemos como parar. Esquecemos que o Senhor nunca pede de nós mais do que nossos dias podem suportar. E acima de tudo esquecemos que Ele fez do descanso um mandamento: Ele nos dá seis dias para trabalhar e o domingo para descansar. O descanso de domingo não é um luxo reservado aos aposentados. É o mandamento de um Pai que sabe melhor do que nós o que precisamos.

2. Viver o momento presente

Jesus nos diz: Para cada dia basta a sua preocupação (Mt 6,34). Então, por que envenenamos a vida com preocupações inúteis? “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza. Portanto, eis que vos digo: não vos preo­cupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis. (…) Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? (…) Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo”(Mt 6, 24-33). Viver no Ressuscitado é apostar tudo em Deus. É colocar toda a nossa confiança Nele, não em nossa caderneta de poupança ou em nossos contratos de seguro. É viver como filhos do Rei, que não se importam com nada porque seu Pai, infinitamente bom e onipotente, não para de zelar por eles.

3. Confiar na misericórdia

A inquietação perturbam a paz. O que Jesus espera de nós é o arrependimento: “um coração contrito e humilde” (Sl 51,19). O coração do filho pródigo que retorna ao seu Pai. O arrependimento e a inquietação são estéreis, mas o fato de ficar arrependidos nos coloca nas mãos de Deus, permite que recebamos seu perdão e sua paz. Devemos olhar para nossos pecados para pedir perdão por eles e reparar, tanto quanto possível, o erro que tenhamos feito. Mas não temos que “ruminar” sobre nosso pecado indefinidamente: depois que Deus nos perdoou, voltar outra vez a pensar nisso seria duvidar de Sua misericórdia.

4. Aprender a perdoar

Bem o sabemos: ninguém pode receber o perdão de Deus se não perdoar seus irmãos. Nada perturba mais a paz do que perdões rejeitados. Rejeitados por má vontade (e não pela impotência: decidir perdoar já é viver o próprio perdão se não nos sentirmos capazes de perdoar imediatamente) ou rejeitados por ignorância, porque esquecemos ou reprimimos velhas feridas. Para viver em paz, peçamos ao Senhor que nos ilumine sobre os perdões que devemos dar.

5. Para receber a paz, você deve construí-la

Na paz acontece a mesma coisa que no perdão: ninguém pode recebê-la como consumidor. Para desfrutar a paz, você tem que participar dela, ser artesãos da paz. A família, a comunidade onde a paz se constrói sempre, é uma boa escola para isso. Tornar-se artesãos da paz aprende-se diariamente por meio da escola, do saber compartilhar, do perdão, da paciência, do respeito, etc.. A paz se ensina na família, mas também desde a família: quanto mais harmoniosa e pacificamente a criança crescer na família, mais capaz será de se aproximar dos outros e recebê-los como são, com suas diferenças e suas próprias riquezas.

6. Preencher a vida com silêncio e com o silêncio do amor

Somos como baterias: se não nos recarregamos diariamente, “descarregamos” rapidamente. A oração nos permite reabastecer-nos de paz. Quanto mais fiéis formos à oração, mais estaremos enraizados na paz. “Só damos o que transbordamos: se você quer ser um canal, primeiro tem que ser um reservatório”, dizia São Bernardo. Para podermos espalhar a paz de Jesus Cristo ressuscitado ao nosso redor, comecemos por recebê-la sem reservas.


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