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Como ajudar a criança controlar melhor suas vontades?

ANGRY CHILD, MOTHER

Image Point Fr | Shutterstock

Edifa - publicado em 07/01/21

É importante fazer nosso filho compreender que, ao contrário dos prazeres facilmente acessíveis, a felicidade deve ser construída. Ao não dar a ele acesso muito rápido nem muito fácil aos prazeres do dia a dia, nós o ensinamos a ser feliz tal como ele é e com o que ele tem

A criança, como todo ser humano, tem um desejo profundo de ser feliz. O fato de crescer numa família onde os pais se amam e eles amam os filhos já garante condições de felicidade nessa família. Mas ele ou ela não está ciente disso. Dotado, como todos nós, de uma natureza ferida, a criança confunde sua aspiração de felicidade com a satisfação de suas vontades. Por isso, é muito importante explicar-lhe que corre o risco de se tornar escravo dos seus apetites, mas que, graças à sua mente, pode refletir sobre o que é bom para a integridade da sua pessoa.

Acompanhar as crianças na procura da felicidade

Os doces e as guloseimas dão prazer. Mas se elas adquirem o hábito de comê-los todas as tardes depois da escola ou sempre que surgir a oportunidade, se tornarão um pouco escravas desses desejos que as controlam. Nós que somos pais, não estamos nós mesmos presos nesta engrenagem do consumismo? Não temos a tendência de acreditar que nosso filho será mais feliz se comer doces ou estiver na última moda? Afinal, não é uma coisa tão ruim.

Para além do domínio dos apetites, se não o ensinamos a aceitar ser diferente dos outros, como poderá ser assim na adolescência? Por que nos surpreenderíamos mais tarde se fizesse a mesma coisa com a dependência do cigarro e da bebida alcoólica? Nesse sentido, não é estranho ouvir os pais dizerem que precisam de um pouco de bebida alcoólica (não é tão ruim, né?) para que os jovens se divirtam. Como se o bom ambiente não pudesse ser gerado simplesmente como fruto de uma amizade! Cabe a nós, pais e mães, acompanhar nossos filhos nessa procura pela felicidade que (surpresa!) não passa pela satisfação dos desejos, mas sim pelo domínio das paixões.

Um domínio que dá liberdade

Ao experimentar a alegria que dá por “poder” vencer o apetite, a criança se dá conta dessa pequena chama em seu coração. Uma chama que se alimenta quando “consegue” não ser arrastada para o mal, mas também quando “consegue” partilhar com os outros, quando dedica palavras amáveis ​​aos seus irmãos e irmãs. “Capaz”, “realização”: contrário aos prazeres facilmente acessíveis, a felicidade deve ser construída.

Ensinemos as crianças a serem felizes com quem são e com o que têm. Para que isso aconteça, é aconselhável não dar a elas facilidades aos prazeres do dia a dia. Assim forjamos a sua vontade a qual permitirá precisamente que elas construam as suas felicidades.

Quando o prazer vier, então elas desfrutarão com a intensidade que o desejo proporciona e, assim, participarão da sua felicidade. Não esqueçamos, não é tanto a satisfação de desejos que devemos buscar, mas sim aprender a saborear a verdadeira alegria, a do Salvador que veio para preencher nossos corações sedentos de amor.




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