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Aprenda a decifrar os sentimentos por trás das palavras de seu cônjuge

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Edifa - publicado em 12/01/21

Você acha que sabe ouvir seu cônjuge e, no entanto, ele reclama que você não está prestando atenção nele? Se você não quer que ele ou ela encontre um confidente melhor em outro lugar, descubra rapidamente os princípios da verdadeira escuta

“Minha esposa sempre me pede para ouvi-la, e faço isso com prazer. Mas vejo que ela não está satisfeita com a qualidade da minha escuta. O que eu faço?”, perguntou-me um marido um dia. Em todo relacionamento, ouvir é muito importante. Quando temos problemas com nosso cônjuge, nossos filhos, um amigo, um colega de trabalho, etc., é aconselhável ouvi-los. É verdade que, em geral, eles nos agradecem, mesmo que não tenhamos aberto a boca. Mas ouvir só pode ser totalmente satisfatório quando se trata de ouvir ativamente. Uma distinção importante que mostra que ouvir não é nem manter a boca fechada, nem se contentar com uma reformulação do tipo “comercial” automática.

Decifrar o sentimento por trás da palavra

Ouvir é, em primeiro lugar, receber as palavras do outro, principalmente os seus sentimentos, e dar-lhe o direito de perceber as coisas de forma diferente de nós. Nunca nos esqueçamos que um sentimento negativo bem recebido muitas vezes deixa a pessoa que o expressa. A esposa cansada de um dia difícil, se ela puder descarregar seu cansaço com um marido compreensivo, ela recuperará sua paz e suas forças.

Ouvir também é decifrar o significado exato das palavras usadas. Quando um homem diz “Estou com fome”, fica claro que ele quer dizer “Estou com fome”. Quando uma mulher diz “talvez”, isso pode significar “não” ou “sim”, de acordo com o especialista em linguagem corporal Allan Pease. Ouvir é antes de tudo decifrar o sentimento que acompanha as palavras do outro: o marido pode saber muito bem o que a mulher o censura (“Que ele não fala”), mas não ouvir até que ponto ela sofre com isso.

Ouvir é colocar-se no lugar do outro sem deixar de ser você mesmo

Ouvir é, antes de tudo, viver essa virtude – uma das mais belas formas de amor – que o psicólogo Carl Rogers chama de empatia (literalmente, “sentir, sofrer em”). É essa capacidade que o ouvinte tem de descentrar, deixar de lado seu modo de ver para entrar nos sentimentos e assim mostrar que entende o que vive seu cônjuge. Ouvir é colocar-se no lugar do outro sem deixar de ser você mesmo. Ter empatia é compreender o que o nosso cônjuge vivencia, reciprocamente: o lugar que nem sempre ocupa na sociedade, o medo do desemprego, o trabalho que o afasta do convívio familiar …

Os cristãos demonstram uma empatia formidável: o próprio Cristo não veio ao mundo como visitante, mas viveu a condição humana em sua totalidade, passou fome, teve sede, mas sem deixar de ser Deus. Ele se colocou no nosso lugar: não é a Encarnação mais veemente do que a empatia? Para estar no mesmo nível do homem, Ele deixou sua divindade em segundo plano, assim como o ouvinte deixa suas idéias no guarda-roupa para entrar nos problemas do outro. Não para manipular, mas por amor!


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