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As desculpas que podem colocar seu relacionamento em risco

couple, arguing,

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Edifa - publicado em 01/03/21

Não é apenas o gângster suspeito de um crime ou o motorista infrator que inventa álibis úteis. Para nos desculpar por um erro cometido, cada um de nós é perfeitamente capaz disso

Quer estejam se relacionando há pouco tempo ou estejam casados ​​há anos, ninguém está imune a uma separação causada por álibis e desculpas.

Desculpas e álibis nos relacionamentos

Casais jovens que estão começando agora o seu relacionamento podem dar desculpas. Contudo, eles ainda não veem isso claramente. Se um dos dois se apega mais rápido e com mais intensidade do que o outro, este último, para retardar um processo que considera rápido demais, imagina álibis para economizar tempo e não o fazer sofrer: “Atualmente preciso focar na minha carreira”; “Somos jovens para tomar decisões”, etc. Essas não são mentiras diretas, pois as desculpas geralmente contêm um elemento de verdade. Contudo, a atitude mais adequada seria que estes jovens fossem transparentes quanto aos sentimentos que os habitam e a sua evolução: “Veja, não me entenda mal, eu tenho sentimentos por você, mas me parece que eles ainda não são fortes o suficiente para eu dizer o “eu te amo” que você está esperando”. A imprecisão no relacionamento só pode gerar ilusões lamentáveis.

Os álibis também são encontrados no dia a dia da vida conjugal. “Estou cansado!”. Não parece, mas esta frase pode ser muito útil para recusar fazer um favor, uma saída desejada pelo outro, ou um gesto de amor. Nem sempre é fácil saber se você está diante de um álibi calculado ou de um cansaço real. O medo de fazer os outros sofrerem frequentemente explica por que “subestimamos” o que eles dizem ou nos esquivamos sem nos sentirmos culpados.

Os álibis florescem especialmente quando os casais se separam, pois, a necessidade de se justificar é imperativa aos olhos do culpado. O marido ou a esposa que abandona o lar matrimonial porque está apaixonado por outra pessoa, muitas vezes encontra álibis para explicar seu gesto. Ele (ela) dirá com prazer: “Você sabe muito bem que há algum tempo eu não importava mais para você, que estava lá só pelos filhos ou para ajuda-lo(a) no trabalho”. O cônjuge abandonado, que já se sentia culpado por não ter realmente compreendido e amado aquele que se afastou, sente-se ainda mais culpado quando este o acusa de falta de ternura ou de toda espécie de fraquezas ou deficiências. É fácil encontrar nas imperfeições inevitáveis ​​do cônjuge um pretexto para romper o relacionamento! Nestes casos, quem abandona o lar conjugal deve ter pelo menos a coragem de esclarecer os motivos exatos da saída. Às vezes eles até reconhecem que a verdadeira causa é essa grande paixão que se apoderou deles e assim, o cônjuge abandonado fica livre de uma culpa que realmente não merecia, o sofrimento será menos severo.

O que fazer para evitar a separação ou o desgaste do relacionamento?

Em última análise, sejam quais forem os momentos da vida do casal, é importante que a relação seja vivida na verdade. Mesmo que a transparência total seja impossível, é bom fazer um esforço para falar a verdade. O que exige lealdade genuína de todos. Que alívio quando, em tal ou tal ponto conflitante ou doloroso, conseguimos nos explicar pacificamente, dizer a fundo o que sentimos, do que precisamos. «A verdade vos libertará», ensina Cristo (Jo 8, 32).

Não ganhamos nada ao querer ser espertos. O outro não está se enganando constantemente, ele sente que existe algo escondido. “Não há sentido no longo prazo [e a vida como casal é no longo prazo!] agir como se não fosse quem eu sou”, escreve Carl Rogers.


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