Como se recuperar após um rompimento de namoro ou noivado?

Não existe separação mais difícil de suportar do que a que ocorre alguns meses ou semanas antes do casamento. Como superar essa provação?

Seu noivo/noiva acabou de te deixar sem dar nenhuma explicação concreta? Espanto, esta é a palavra que caracteriza o que te habita diante da reviravolta inesperada daquele(a) que um dia te fez comentários inflamados. A tentação inicial é entrar em negação. Mas você tem que admitir que a decisão dele(a) é definitiva. E então entra-se numa angústia em todo o seu horror, com aquela sensação dolorosa de inutilidade e de que sua vida não tem sentido. Mas então, como sair disso?

O amor só floresce na verdade e na liberdade

Em primeiro lugar, tente dormir para reconstruir suas forças. Então, é essencial compreender que, se o amor de um terceiro pode nos fazer sentir valiosos, não é porque aquele que nos amou não nos ama mais que não valemos mais nada. Acima de tudo, é preciso passar pelo luto. Isso exige deixar de esperar pelo retorno daquele que nos deixou.

Claro, qualquer separação causa dor. Mas talvez isso fosse necessário. Talvez, aquele que foi seu noivo(a) percebeu que, apesar do amor que sentia por você, casar não parecia mais possível. E isso por motivos suficientemente importantes, que justificam tal renúncia (você não sabe, aliás, se ele(a) não está sofrendo tanto quanto você), e sem que você tenha que se sentir responsável por tudo isso, muito menos culpado. Então, sem dúvida ele foi indelicado com você. Mas, basicamente, não podemos culpá-lo por querer encerrar seu relacionamento, que aos seus olhos não poderia ir mais longe. O amor floresce apenas na verdade e na liberdade.

Podemos amar duas vezes, e a segunda vez melhor do que a primeira

Hoje, lembre-se que a dor desse “fracasso” não só pode ser superada, mas também se tornar a ocasião para maior amadurecimento. Permite que você descubra que o amor autêntico nada tem a ver com impulso instintivo. Ele também aprende – mas talvez não seja o seu caso – a ter cuidado com a possessividade exagerada: paradoxalmente, por amar demais, corremos o risco de ser menos amados, às vezes assustamos o outro.

Finalmente, lembre-se de que você pode amar duas vezes. E a segunda vez melhor que a primeira. Enquanto isso, você continua a ser amado, pelos seus pais, pelos seus amigos e acima de tudo por Deus, especialmente porque Ele sabe que você está sofrendo.

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Denis Sonet