[big_first_char_text]O cobrador de impostos liberto para o Reino de Deus
O publicano Mateus recebeu como alimento “o pão da vida e da inteligência”. Com esta mesma inteligência ele organizou um grande banquete em sua casa para o Senhor Jesus, porque havia se tornado participante de uma graça abundante, de acordo com seu nome [que significa “dom do Senhor”]. Deus tinha preparado um presságio para esta festa da graça: chamado quando estava sentado em seu trabalho, como publicano, “seguiu o Senhor e ofereceu-lhe um grande banquete em sua casa”. Ofereceu para Ele, pois, um banquete; não um banquete normal, mas o que chamaríamos de um régio banquete.
De fato, Mateus é o evangelista que nos mostra Cristo Rei por meio de sua família e de suas ações. Desde o início, diz em sua obra “Livro da genealogia de Jesus Cristo, Filho de Deus”. Seguidamente narra como o recém-nascido é adorado pelos Magos com o título de Rei dos Judeus; depois, entretecendo todo o resto da sua narração de gestos reais e parábolas do reino, termina com estas palavras proferidas por este rei já coroado com a glória da ressurreição: “Todo o poder me foi dado nos céus e na terra”. Examinando-se, cuidadosamente, toda a composição de seus escritos, pode-se reconhecer que em todos eles respiram-se os mistérios do Reino de Deus. Não há nada de estranho nisto, pois Mateus tinha sido publicano, lembrava-se de ter sido chamado do serviço público do reino do pecado para a liberdade do Reino de Deus, o Reino da justiça. Um homem que não quis ser ingrato ao grande rei que o havia libertado, serviu fielmente às leis de seu Reino.
Rupert de Saint-Laurent de Liége
As Obras do Espírito Santo, IV, 14
Abade Beneditino († 1130)
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