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Beata Maria Poussepin

Religiosa dominicana († 1744)

Pope Francis meets with priest at the end of his weekly general audience in Paul VI Hall

Antoine Mekary | ALETEIA

Maria nasceu na cidade de Dourdan, França, em 14 de outubro de 1653.
Seu pai, Claude Poussepin, era proprietário de terras e dono de uma fábrica de agulhas de seda, em Dourdan, e sua esposa servia como tesoureira da Confraria da Caridade local.
Maria passou a maior parte de sua infância cuidando de sua mãe doente. Quando tinha 22 anos, sua mãe faleceu e seu pai contraiu muitas dívidas, num esforço para manter seu status social. À beira da falência, ele abandonou a família. Foi nessa ocasião que houve a reação de Maria: ela colocou-se à frente da ameaça de falência e assumiu a administração dos negócios da família, um passo altamente incomum para uma mulher na época. No entanto, Maria rapidamente demonstrou uma incrível intuição empresarial e um forte senso comercial.
Maria observou que o futuro estava na fabricação de máquinas de produtos de lã, em vez do tricô manual. Tomou a corajosa decisão de abandonar as formas obsoletas de artesanato da guilda e investiu no tear industrial de lã. Aprendeu sozinha como operar o equipamento e treinou seus funcionários para operar com o novo método de produção. Ao mesmo tempo, Maria fez questão de recrutar e treinar aprendizes com idades entre 15 e 22 anos. Assim, ela não apenas promoveu o crescimento econômico de sua cidade, mas também proporcionou novos empregos aos jovens que de outra forma poderiam ter enfrentado futuros econômicos sombrios.
Durante todo esse tempo, Maria continuou uma intensa vida de oração e realizou obras de caridade, educando simultaneamente seu irmão mais novo, Charles.
Em 1690, quando seu pai morreu, seu irmão já estava mais maduro e Maria entregou a administração dos negócios da família a ele. Seguiu os passos de sua falecida mãe ao tornar-se presidente da Confraria da Caridade, adjunta da Sociedade de São Vicente de Paulo.
Cinco anos depois, Maria fundou uma comunidade feminina de dominicanas da Ordem Terceira – as Irmãs da Apresentação da Virgem Maria – comunidade que ajudava jovens doentes e em sua educação, especialmente nas áreas rurais.
Em 1725, sua comunidade já era responsável por 20 instituições de ensino e saúde.
Maria faleceu em 24 de janeiro de 1744, aos 90 anos. Naquela época, havia 20 comunidades adicionais a seu encargo.
Após tantos anos de serviços prestados, em 1897, finalmente, foram formalmente reconhecidas e tornaram-se oficialmente as Irmãs Dominicanas de Caridade da Apresentação da Santíssima Virgem Maria. Após sua morte, vários retratos de Poussepin foram pintados por Gwen John para vários ramos da ordem dominicana.
Nas palavras de Pinard Legry, Maria ilustra que “os mundos dos negócios e da caridade” e o “espírito do capitalismo e da ética católica” não precisam estar em oposição. A isso, podemos acrescentar que a Beata Maria Poussepin mostra que as mulheres cristãs são capazes de viver vidas santas e, ao mesmo tempo, ser empreendedoras e líderes empresariais de sucesso.
Em 20 de novembro de 1994, Maria Poussepin foi formalmente beatificada pelo papa São João Paulo II.

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