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Bem-aventurada Maria Karłowska

Religiosa fundadora de Ordem (†1935)

Seminaristas

wideonet | Shutterstock

Seminaristas na Missa

Maria Karłowska nasceu em 4 de setembro de 1865, em Karłowo , Grão-Ducado de Posen, Reino da Prússia, atual Polônia. Era a décima primeira criança de Mateusz Karłowska e Eugênia Dembińska. Fez sua Primeira Comunhão em 1875 e em 1882 fez um voto privado – com a permissão de seu confessor – de permanecer virgem. Seus pais morreram em 1882 no espaço impressionante de dois meses, deixando-a órfã e sozinha.
Órfã aos 17 anos, Karłowska foi para Berlim tornar-se aprendiz de costureira e voltou para trabalhar na alfaiataria de sua irmã. Ainda não pensava em se dedicar à vida religiosa, mas fez voto de castidade e começou a ir de casa em casa, para servir os doentes e ajudar os pobres. Juntamente com as muitas doenças a serem tratadas, ela também se deparou com a degradação moral e os emaranhados assuntos familiares de seus parentes.
Dez anos depois, em novembro de 1892, ela conheceu pela primeira vez uma prostituta chamada Franke e esse encontro a inspirou a ajudar os negligenciados e abandonados, depois de ouvir Franke falar de sua vida. A partir desse momento todas as suas energias foram direcionadas para ajudar aquelas pobres meninas a sair da “vida” e a cortar os laços com o crime, que está sempre ligado à prostituição. As autoridades polonesas da época toleravam a prostituição e simplesmente “censuravam” estas mulheres, impondo apenas exames de saúde periódicos para impedir a propagação das temidas doenças venéreas.
Maria sabia que era preciso fazer mais e, para começar, procurava aproximar-se delas, uma por uma: nos cortiços, nos hotéis de veraneio e no cemitério, não podia se expor em locais públicos, pois todos a censurariam de se aproximar de prostitutas. Conseguiu abrir uma casa de acolhimento para mulheres e recebeu a ajuda de um grupo de jovens generosas e não convencionais como ela. E, para dar continuidade ao seu trabalho, ela as organizou numa congregação: nasceu assim as Irmãs do Divino Pastor da Divina Providência, dedicadas como ela, à recuperação de prostitutas. Sua congregação religiosa foi estabelecida em 8 de setembro de 1896 e ela – e várias outras – fizeram sua profissão solene em 20 de junho de 1902. Maria foi Madre Superiora Geral desde a fundação da Congregação até a sua morte. Seu pedido recebeu aprovação diocesana em 13 de abril de 1909 e recebeu a Cruz do Mérito de Ouro por seu trabalho, em 1928.
Madre Maria ensinava suas irmãs a “fazer coisas comuns de maneira extraordinária, com cuidado e dedicação”. Pedia que elas buscassem “uma santidade oculta, vista apenas por Deus”. Educava-as para serem “almas silenciosas” e a ter uma “castidade imaculada”, indispensável para se aproximar de pessoas brutalizadas pelo pecado e pelo vício. Estima-se que mais de cinco mil mulheres foram tiradas da rua, acolhidas na “Casa do Bom Pastor”, e reestruturaram a vida e a amizade com Deus.
Após de ensinar-lhes alguma habilidade para poder arranjar um emprego, ela as ajudava a tentar formar uma família: muitas se tornaram mães exemplares. Algumas, no entanto, permaneceram com Madre Maria para ajudá-la a dar continuidade em seu trabalho, pois o Estado a premiou com a Cruz de Mérito de Ouro, mas não dava ajuda financeira. Ela tinha que trabalhar duro para manter as muitas “filhas que foi adquirindo pelo caminho”.
Madre Maria Karłowska faleceu no dia 24 de março de 1935, em no convento de Pniewite, Kujawsko-Pomorskie, Segunda República Polonesa. Contudo, seu trabalho não morreu com ela, pois se a prostituição é a profissão mais antiga do mundo, nunca falta na história da Igreja quem é capaz de andar junto com o último, com quem está errado, com os que lutam para sobreviver.
João Paulo II a beatificou em 6 de junho de 1997, durante sua visita apostólica à Polônia.

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