Mónica Muñoz
[big_first_char_text]Patrono da cidade de Bérgamo, Alexandre é tradicionalmente retratado como um centurião portando um lírio branco como estandarte. Nada se sabe sobre o nascimento e juventude de Alexandre, apenas que viveu na virada dos séculos III e IV.
Era soldado romano ou tribuno da Legião Tebana, comandada por São Maurício, segundo os Atos dos Mártires (latim Acta Martyrum).
Nos primeiros quinze anos de seu governo, o imperador romano Diocleciano expurgou do exército os cristãos, condenou os maniqueus à morte e cercou-se de notórios oponentes do cristianismo. A preferência de Diocleciano pelo governo autocrático, combinada com sua autoimagem de restaurador da glória romana passada, pressagiou a perseguição cristã mais difundida da história romana. No inverno de 302, Galério pediu a Diocleciano que iniciasse uma perseguição geral aos cristãos que foi convocada em 24 de fevereiro de 303.
A legião Tebana de Santo Alexandre atuou no Oriente, antes de ir para o Ocidente, em 301, para conter os ataques dos Quadi e Marcomanni. Durante a travessia do Valais (atual Suíça), a legião recebeu ordens de buscar por cristãos contra os quais havia sido desencadeada a perseguição em fevereiro de 303. Alexandre e outros homens da legião se recusaram a persegui-los e por essa insubordinação foram punidos com a dizimação realizada em Agaunum (hoje San Moritz). A dizimação consistia em matar um homem em cada dez. Como a recusa dos legionários em perseguir os cristãos continuou, uma segunda dizimação foi realizada e o imperador ordenou o extermínio da Legião. Poucos foram os sobreviventes, incluindo Alexandre, Cassio, Severino, Secondo e Licinius que fugiram para a Itália. Em Milão, no entanto, Alexandre foi reconhecido e preso, mas se recusou a abjurar. Na prisão recebeu a visita de São Fidélio e do bispo São Materno. São Fidélio o ajudou a fugir e Alexandre se refugiou em Como, antes ir de para Fara Gera de Ada, Capriate, São Gervásio e finalmente Bérgamo. Nesta cidade foi convidado por Crotácio a permanecer lá e o ajudou a se esconder.
Alexandre começou a converter muitos cidadãos, incluindo os mártires Fermo e Rústico. Foi, portanto, descoberto e capturado novamente e a decapitação foi executada publicamente no dia 26 de agosto de 303, no local onde hoje fica a igreja de Santo Alexandre em Colonna.
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