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Santa Paula Romana

Viúva leiga († 404)

Estrela de Belém recorda que os santos são como estrelas cujo exemplo nos indica o caminho

Romolo Tavani - Shutterstock

Paula nasceu no dia 05 de maio de 347, em Roma, durante o longo reinado de Constantino II. Pertencia a uma família da alta aristocracia romana.
Aos quinze anos a casaram com o nobre Toxócio. Do casamento nasceram quatro filhas (Santa Blesila, Paulina, Beata Eustáquia e Rufina) e, finalmente, um menino, que recebeu o nome do pai, Toxócio.
Em 379, aos 32 anos, Paula tornou-se viúva, mas continuou a se dedicar à família, aos compromissos religiosos e à caridade. Seu palácio acolheu reuniões, grupos de oração e de estudos aprofundados sobre doutrina cristã, além de desenvolver trabalhos em defesa dos mais pobres.
Contudo, não era um clube de damas dedicadas à caridade: apresentava também algumas conotações monásticas e ganhou destaque quando Paula convidou Jerônimo da Dalmácia (que chegou a Roma em 382, junto com dois bispos do Oriente) para as reuniões. Em sua juventude, ele estudou em Roma. Foi para a Alemanha e Aquileia por alguns anos; por fim morou no Oriente tornando-se um asceta e grande estudioso. Em Roma, tornou-se colaborador do Papa Dâmaso – 37° Papa da Igreja Católica. Foi um apaixonado difusor dos ideais ascéticos, teve uma rara formação cultural e certamente não a escondeu. Assim, no clero e na aristocracia, ele conquistou amigos e inimigos igualmente acirrados (a esse propósito, São Jerônimo deixou alguns escritos muito interessantes). Sua ascendência era forte, especialmente no círculo de Paula, a quem ele contaminou com sua paixão pelas Sagradas Escrituras.
Em 384, Jerônimo confortou Paula por nova dor que a atingiu: falecera Blesila, sua filha mais velha. Em dezembro do mesmo ano, o Papa Dâmaso morreu, e Jerônimo retornou à Terra Santa para se dedicar à obra que era tão querida pelo Papa, e com a qual ele agora se comprometeria até a morte: dar à Igreja a Sagrada Escritura traduzida de maneira correta, com a versão traduzida para o latim, a Vulgata.
No ano seguinte, Paula também partiu para o Oriente, acompanhada de sua filha Eustáquia, enquanto Paulina, em Roma, ficou cuidando de Rufina e Toxócio.
Primeiro Paula viajou pelo Egito, pelos lugares onde os Padres do deserto queriam se retirar “sozinhos no mundo, com Deus”.
Em 396, foi com sua filha Eustáquia para Belém, na Palestina, onde construiu igrejas, um hospital, uma casa para os peregrinos que vinham visitar a Terra Santa e, por fim, dois mosteiros, um masculino e outro feminino.
São Jerônimo trabalhou no mosteiro masculino até sua morte (em 419/420). Paula residiu no mosteiro feminino como primeira abadessa. Dentro daqueles muros, “Paula conseguiu voar mais alto do que qualquer outra, por seus talentos excepcionais” (Palladio, História Lausíaca).
No ano 404, Paula faleceu no mosteiro feminino, aos 59 anos, confiando a comunidade de cinquenta religiosas à filha Eustáquia. Ficou para sempre sepultada “em Belém da Judeia”, como consta no Martirológio Romano, onde “com a Beata Eustáquia, virgem, sua filha, se recolheu no presépio do Senhor”.

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