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Santa Batilde

Rainha religiosa (†680)

Jezus Chrystus

Volodymyr TVERDOKHLIB | Shutterstock

Batilde nasceu por volta do ano 626. Era de origem anglo-saxã.
Em 641, durante uma viagem marítima foi capturada por piratas. Levada para a França foi vendida para ser escrava da esposa de Erquinoaldo, mordomo do palácio de Clóvis II, rei da Nêustria e Borgonha, antigas regiões da Gália. Suas qualidades pessoais e sua virtude fizeram com que seu dono lhe confiasse muitos dos trabalhos de sua casa. Com a morte da esposa, Erquinoaldo quis casar-se com ela, mas Batilde não aceitou, se afastou do dono e só retornou quando ele já havia casado novamente.
Foi então que o rei Clóvis II a viu na casa de Erquinoaldo. O rei ficou impressionado com Batilde, por sua beleza, sua graça e por suas virtudes. Em 649, libertou-a da escravidão, casou-se com ela e teve três filhos: Clotário, Tierrico e Quilderico.
Em 657, Clóvis II faleceu e Batilde assumiu o trono e, como regente do reino, pôde realizar tudo aquilo que lhe ditava seu coração cristão. Orientada por pessoas equilibradas e generosas, como o bispo Santo Elói, ela tomou medidas enérgicas e corajosas. Acabou com o tráfico de escravos, uma realidade muito corrente na época, aboliu os impostos injustos que pesavam sobre os ombros das famílias, especialmente das mais pobres e posicionou-se contra a prática da simonia, isto é, contra a comercialização dos objetos, relíquias e coisas sagradas. Como regente do reino, sofreu muitas perseguições, principalmente por parte daqueles que a consideravam muito misericordiosa e não concordavam com suas atitudes, julgadas incômodas, porque os atingiam em suas mordomias.
Espiritualmente era orientada pelo abade beneditino Genésio e fundou vários mosteiros beneditinos, que seguiam o padrão da importante Abadia de São Pedro e São Paulo de Luxeuil.
Como outras rainhas daquele distante período histórico, aos 31 anos de idade passou o governo para seu filho Clotário III, que atingira a maioridade. Entrou para o Mosteiro de Chelles que ela mesma havia restaurado, em 662, por questões de penitência. Nunca mais saiu do mosteiro, onde viveu até o dia de sua morte na mais completa austeridade, jejuando, orando, obedecendo às ordens da abadessa, dedicando-se aos trabalhos mais humildes e principalmente cuidando com desvelo e carinho dos doentes e dos mais pobres.
Viveu sob as regras monásticas cerca de 7-8 anos vindo a falecer no dia 30 de janeiro de 680. Foi sepultada em Chelles, ao lado de seu filho Clotário III, que morrera antes dela, em 670.
Sua beatificação deu-se por volta de 680, concedida pelo Papa Nicolau I.
Seu túmulo foi objeto de peregrinações de fiéis atraídos por sua fama de milagres.
Em 833, foi feita uma transladação de seus restos mortais para a igreja da Virgem de Chelles.

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