fot. Magdalena Prokop-Duchnowska
[big_first_char_text]Biografias tardias, que datam dos séculos XI a XIII, não nos permitem estabelecer com certeza os detalhes da vida de Egvino, uma vez que estas compilações contêm informações lendárias, ou se detêm em aspectos milagrosos e prodigiosos.
Egvino teria nascido em Worcester, na segunda metade do século VII, em uma família nobre que era descendente de reis da Mércia . Talvez fosse sobrinho do rei Æthelred da Mércia .
Sabe-se que Egvino tornou-se monge e deixou o mosteiro para se tornar o conselheiro do rei da Mércia, Aethelred (675-704).
Seus biógrafos dizem que rei, clero e plebeus todos se uniram para exigir a elevação de Egvino a bispo. Por volta de 693, foi nomeado bispo de Worcester, mas enfrentou considerável hostilidade, especialmente por ter tentado implantar uma reforma religiosa. Como bispo, foi conhecido como protetor dos órfãos e viúvas e um juiz justo. Lutou com a população local sobre a aceitação da moralidade cristã, especialmente o casamento cristão e o celibato clerical.
A severa disciplina de Egvino criou um ressentimento que, como o rei Æthelred era seu amigo, acabou chegando aos seus superiores eclesiásticos. Seus inimigos o denunciaram ao Papa Sérgio I. Egvino, então, decidiu ir a Roma para defender-se e justificar-se. Reconhecido pelo papa como inocente, Egvino voltou para a Inglaterra, para retomar sua sede episcopal.
Ao retornar à Inglaterra, um amigo rei Æthelred, deu-lhe então um terreno no qual construiu o mosteiro de Evesham. O sucessor do rei Æthelred, Kenredo de Offa, tanto favoreceu o mosteiro que este foi elevado a abadia. A Abadia de Evesham tornou-se uma das grandes casas beneditinas da Inglaterra medieval e era dedicada à Virgem Maria. Um dos últimos atos importantes de seu episcopado foi sua participação no primeiro grande Concílio de Clovesho .
Em 709 fez uma nova viagem a Roma para acompanhar Kenredo de Offa, rei de Essex, que desejava tomar o hábito monástico na cidade santa. Do Papa Constantino I, Egvino obteve as devidas isenções para a Abadia de Evesham.
De acordo com o historiador beneditino Jean Mabillon, Egvino faleceu em 30 de dezembro de 710, embora sua morte seja geralmente aceita como tendo ocorrido três anos antes em 30 de dezembro de 707. Egvino faleceu e foi sepultado na abadia que fundou.
Uma hagiografia, a Vita Sancti Egwini , foi escrita por Domingos de Evesham, um prior medieval da Abadia de Evesham por volta de 1130.
Seu túmulo foi destruído, juntamente com a igreja da abadia, na época da dissolução da abadia, em 1540.
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