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Beata Candelária de São José (Susana Paz Castillo Ramírez)

Religiosa (†1940)

Christmas Urbi et Orbi celebration in St. Peter's Square at The Vatican on December 25, 2022

Antoine Mekary | ALETEIA

Susana Paz Castillo Ramírez nasceu em 11 de agosto de 1863, em Altagracia de Orituco, no estado do Guarico, Venezuela. Era a terceira filha de Francisco de Paula Paz Castillo. Seu pai morreu em 1870, quando ela tinha 7 anos, e a família gradualmente perdeu tudo o que tinha.
Em 1887, sua mãe faleceu e Susana se encarregou de cuidar da família, que incluía seus irmãos, alguns primos e afilhados de sua mãe.
Conflitos, guerras e distúrbios civis marcaram aquele período histórico de seu pais, incluindo desastres naturais como os terremotos de 1900 e 1929. Após o terremoto de 1900, Altagracia sofreu os efeitos da “Revolução da Libertação”, que resultou em devastação, miséria e inúmeras pessoas feridas, abandonadas e mortas. Pessoalmente, Susana cuidou dos ferimentos de muitas pessoas, preparando-as para a morte.
Em 1903, em Altagracia, dois médicos fundaram o Hospital Santo Antônio e o pároco, Padre Sixto Sosa, incentivou Susana a ajudar na sua administração. Logo outras três ajudantes chegaram, um pouco depois outras duas chegaram e, assim começou, uma pequena comunidade de mulheres, que viviam e trabalhavam juntas. Dedicaram-se aos enfermos como expressão de seu desejo de servir ao Senhor. Espiritualmente, contaram com a orientação do Padre Sosa, que as instruiu no básico da vida religiosa.
O lema daquelas mulheres era: “Deus é amor”. Todos os dias, duas delas saíam para pedir aos transeuntes o que necessitavam. Quando uma enfermeira dizia a Susana que não havia pão, nem remédio, ela simplesmente pegava uma cesta e saía, retornando mais tarde com o que era necessário.
Em 31 de dezembro de 1910, a pequena comunidade feminina foi transformada no Instituto diocesano e denominada “Irmãs dos Pobres de Altagracia de Orituco”.
Em 1916, Madre Candelária de São José, como Susana agora era chamada iniciou uma campanha financeira de 18 meses para auxiliar suas obras apostólicas. Durante esse período, ela fundou dois hospitais: um em Porlamar, na Ilha de Margarita, conhecido como Hospital dos Abandonados, e outro no continente, em Upata.
No ano de 1922, com a chegada dos Padres Carmelitas em Porlamar, Madre Candelária esperava que eles trouxessem Irmãs Carmelitas para a ilha com a qual ela pudesse afiliar sua comunidade, mas nada foi concretizado
Em 1 de janeiro de 1925, Madre Candelária fez uma petição formal ao Carmelita Geral por status de afiliação e, em 25 de março, a agregação foi decretada. A partir de então, as Irmãs ficaram conhecidas como Irmãs Carmelitas Terciárias. Hoje, são conhecidas como Irmãs Carmelitas da Venezuela.
Dois anos depois, em 1927, Madre Candelária fez seus votos perpétuos e depois recebeu a profissão de votos temporais das outras Irmãs.
Em 11 de abril de 1937, foi realizado o primeiro Capítulo Geral da Congregação. Como o fardo da responsabilidade passou de Madre Candelária à recém-eleita Superiora Geral, ela deu o exemplo de humildade e deferência, ajoelhando-se diante dela e beijando seu escapulário. Com sua constante oração, sofrimento físico e bom exemplo, Madre Candelária continuou a sustentar sua Comunidade até sua morte, em 31 de janeiro de 1940.
Em 19 de abril de 2004, o Papa São João Paulo II reconheceu as virtudes heroicas da serva de Deus.
A Beatificação de Madre Candelária foi celebrada em 27 de abril de 2008 em Caracas, Venezuela, pelo Legado Papal, Cardeal José Saraiva Martins, CMF, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

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