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Oração do dia
Meditação do dia31 Março 2023

O Salvador elevado à Cruz

Nosso Abençoado Senhor estava, então, declarando que deveria ser levantado, como a serpente de Moisés havia sido levantada. Como a serpente de bronze tinha a aparência de uma serpente e não possuía veneno, também, quando ele fosse levantado à cruz, teria a aparência de um pecador e ainda assim não tinha pecados. Como todos os que olhavam para a serpente de bronze foram curados da picada da serpente, todos os que olharam para ele com amor e fé foram curados da picada da serpente do mal.
Não bastava que o Filho de Deus descesse dos céus e parecesse como o Filho do Homem, pois ele seria apenas um grande mestre e um grande exemplo, mas não um Redentor. Era necessário que ele cumprisse o propósito da vinda, redimindo o homem do pecado, na semelhança da carne humana. Os Mestres mudam homens por suas vidas; nosso abençoado Senhor mudaria os homens por sua morte. O veneno do ódio, sensualidade e inveja que está no coração dos homens não poderia ser curado simplesmente por exortações sábias e reformas sociais. O salário do pecado é a morte e, portanto, era pela morte que o pecado seria expiado. Como nos antigos sacrifícios, o fogo, simbolicamente, queimava o pecado imputado junto com a vítima. Assim, na cruz o pecado do mundo seria extinto nos sofrimentos de Cristo, pois ele seria estabelecido como sacerdote e prostrado como vítima. Os dois maiores estandartes que já foram desenrolados foram a serpente elevada e o Salvador elevado. E, no entanto, havia uma diferença infinita entre eles. O teatro de um foi o deserto, e a plateia foram alguns milhares de israelitas; o teatro do outro foi o universo e o público, toda a humanidade. De um veio uma cura corporal, que logo seria desfeita pela morte; do outro fluiu a cura da alma, para a vida eterna.

Venerável Fulton J. Sheen
Vida de Cristo
Bispo-emérito de Rochester († 1979)

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