São Franco de Assergi

Franco nasceu na região italiana de Áquila na época de Papa Adriano IV. Seus pais eram camponeses e, pelo que se sabe, conseguiram fornecer a Franco uma boa educação, graças à intervenção do Pároco. Mais tarde entrou no mosteiro beneditino de São João Batista de Lucoli, onde permaneceria até seus vinte anos de idade. Sentido o desejo da solidão, deixou o mosteiro para ir viver como eremita nos bosques da região. Alimentava-se dos frutos e dos legumes que encontrava no bosque. Mais tarde há tradições que o descrevem como um eremita que vivia nas montanhas da região. Numa das histórias em torno de São Franco, se diz que, após ter construído uma cabana rústica num lugar afastado e montanhoso, mas muito árido, o santo se colocou em oração até que uma fonte de água começou a borbulhar nas proximidades de sua cabana. Até hoje essa fonte existe e é chamada de “fonte de São Franco”. Mais tarde, para fugir de visitantes, cada vez mais numerosos, o santo se transfere até os montes Sabinos, nas proximidades de Assergi. Segundo uma lenda local, uma ursa com seus filhotes indicou para o santo uma gruta onde ele poderia viver em oração. Aí, depois de uma vida de oração e penitência, São Franco sentiu que sua hora estava chegando. Pediu para receber os últimos sacramentos e, após recebe-los, cruzou os braços. À noite, na igrejinha de Santa Maria os sinos começaram a tocar sozinhos e os galos, antes da hora costumeira começaram a cantar. Toda a população da cidadezinha, acordada por esses rumores, olhou na direção da gruta do santo e viu uma luz sobrenatural: todos foram em procissão e encontraram o corpo do santo sem vida. Com grande comoção e veneração, transportaram seu corpo até a aldeia e o sepultaram na cripta do mosteiro. Logo começaram as narrações de milagres atribuídos à intercessão de São Franco. O reconhecimento oficial da Igreja viria a ocorrer no século XVI.