Antoine Mekary | ALETEIA
[big_first_char_text]Seu nome de batismo era Narcisa Garcia Villa. Havia nascido na região espanhola de León no dia 18 de março de 1909. Desde pequenina demonstrou uma inteligência acima da média. Aprendeu a ler com certa facilidade e logo demonstrou uma paixão incomum pela leitura e pelos livros. Desejava ser monja, mas por amor aos seus pais – ela não queria que eles se sobrecarregassem ainda mais -, aguardou primeiro que seus irmãos crescessem. Por fim, em 1924 pôde realizar seu sonho: foi com seu pai até o mosteiro de São José em Madrid. Esse mosteiro pertencia à Ordem da Imaculada Conceição (Concepcionistas franciscanas). Em 1925 emitiu seus primeiros votos e assumiu o nome religioso de Maria Beatriz de Santa Teresa. Ao longo de sua vida como religiosa, Irmã Maria Beatriz desempenhou as mais variadas funções. Tinha certo dom para a música e possuía uma grande capacidade de oração. Quando chegou o fatídico ano de 1936 – ano da Guerra Civil espanhola – também o mosteiro de Irmã Maria Beatriz sofreria as consequências. No dia 19 de julho, ao término da missa, gritos começaram a ser ouvidos: “Fora, monjas!”. Imediatamente a Madre superiora deu ordens para que as irmãs corressem para a capela, com a finalidade de consumir a comunhão. Assim se evitariam profanações à Sagrada Eucaristia. No momento da comunhão, o capelão perguntou: “Estariam dispostas a dar a vida para se manteresm fiéis ao empenho de almas consagradas?”. Todas responderam com uma única voz: “Sim!”. Todas se vestiram com roupas seculares e fizeram trouxas contendo o necessário para comer. Aos poucos foram deixando o mosteiro, buscando refúgio na casa de amigos ou parentes. Um grupo de irmãs se refugiou na casa de um benfeitor. Nesse grupo estava Irmã Maria Beatriz. Um vizinho, contudo, denunciou a presença das irmãs para os revolucionários. Desde esse momento as irmãs começaram a receber pressões por parte dos milicianos para abandorarem a própria fé. No dia 8 de novembro um caminhão esperava as Irmãs. Obrigadas a deixar a casa, foram embarcadas na carroceria do caminhão para uma viagem sem volta: até hoje seus corpos não foram encontrados. Todas foram martirizadas por ódio à fé católica. Foram beatificadas no dia 22 de junho de 2019 em Madrid.
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