São Bento de Núrsia

Em suas catequeses sobre a vida dos santos, o Papa Bento XVI dedicou especial atenção à figura de São Bento na audiência geral do dia 09.04.2008: “São Bento, fundador do monaquismo ocidental, e também padroeiro do meu pontificado. Começo com uma palavra de São Gregório Magno, que escreveu a respeito de S. Bento: ‘Homem de Deus que brilhou nesta terra com tantos milagres, não brilhou menos por eloquência com a qual soube expor sua doutrina’. Estas palavra, o grande papa as escreveu no ano de 592; o santo monge havia morrido há apenas 50 anos e estava ainda vivo na memória das pessoas, sobretudo na florescente ordem fundada por ele. […] O nascimento de São Bento ocorreu em torno do ano 480. Provinha, assim diz São Gregório, ‘ex província Nursiae’ – da região de Núrsia. Os seus pais, possuidores de bens, o enviaram para estudar em Roma. Ele porém não ficou muito tempo na Cidade eterna. Como explicação plenamente crível, Gregório alude ao fato de que o jovem Bento estava desgostoso com o estilo de vida de muitos de seus companheiros de estudos, que viviam de modo dissoluto, e não queria cair nos mesmos erros deles. Desejava aprazer apenas à Deus. Assim, ainda antes da conclusão de seus estudos, Bento deixou Roma e se retirou na solidão dos montes… […] [Na localidade chamada de Subiaco] viveu um período de solidão com Deus. […] Aí ele teve que suportar e superar as três tentações fundamentais de todo ser humano: a tentação da autoafirmação e do desejo de colocar a si próprio ao centro, a tentação da sensualidade e, finalmente, a tentação da ira e da vingança. Era, com efeito, convicção de Bento que, somente depois de ter vencido estas tentações, ele poderia dizer aos outros alguma palavra útil para as situações de necessidade deles. E assim, apaziguada a sua alma, ele foi capaz de controlar plenamente as pulsões do eu, para ser assim um criador de paz em torno de si. Somente então decidiu fundar os primeiros mosteiros seus…”.