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São José Moscati

Leigo, médico (†1927)

JESUS

The-Photographer-CC

José Moscati nasceu no sul da Itália, na cidade de Benevento. Era o dia 25 de julho de 1880, quando Rosa de Luca, a esposa do advogado Francisco Moscati, dava à luz ao sétimo filho da família (ao todo foram nove filhos). Fez sua Primeira Comunhão no dia 8 de dezembro de 1888. Em 1897, recebeu seu diploma de “Ensino Médio” e, logo em seguida, contrariando a tradição familiar que endereçava os filhos para o campo da jurisprudência, José ingressou no curso da Faculdade de Medicina. Ao que parece o que lhe influenciou nessa escolha foi o fato de que ele pudesse contemplar da janela de sua casa o Hospital dos incuráveis. O próprio pai de José, sempre o incentivava a rezar por aqueles doentes ali estavam internados. Outro fato que talvez o tenha impulsionado a essa escolha, foi um episódio envolvendo seu irmão: caindo do cavalo, teve uma concussão que lhe deixaria sequelas. Embora o ambiente da Faculdade de Medicina fosse influenciado por aquelas doutrinas do materialismo, José sempre manteve sua fé. Preferia se dedicar aos estudos, em vez de participar das discussões sobre esses novos pensamentos antirreligiosos. Em 1903 tornou-se médico com as maiores notas. Logo foi ficando evidente suas grandes capacidades de organização e de ação. Trabalhou numa epidemia de cólera na cidade de Nápoles, ajudando a tomar precauções que diminuíram os números relativos às mortes dos cidadãos. Em outro episódio, após a erupção do vulcão Vesúvio, foi com toda pressa para os Hospitais Reunidos de Nápoles: conseguiu retirar todos os doentes das dependências do hospital. No último momento, quando o último doente havia conseguido sair, todo o teto do hospital veio abaixo. Muitos quiseram agradecê-lo pelo heroísmo e clarividência, mas ele, muito humilde, rejeitou todas as formas de elogio. Participando de um concurso público, passou em primeiro lugar e se tornou médico no Hospital dos incuráveis. Ao mesmo tempo, desempenhava o papel de professor da Universidade com respeitáveis publicações em periódicos científicos. Em 1925 foi diretor do Instituto de Anatomia Patológica. Tinha um caráter muito afável e era apaixonado por vários campos da cultura: arte, natureza, história antiga. Embora pudesse desfrutar da possibilidade de usar um automóvel, preferia sempre caminhar ou usar o transporte público para se locomover. Procurou sempre viver uma vida modesta. Era comum atender pacientes pobres e não cobrar nada pelas consultas. Para ele, os pobres eram as imagens de Jesus Cristo, “almas imortais, divinas, pelas quais é urgente o preceito evangélico de amá-las como à nós mesmos”. Começou a se tornar famoso também pela sua capacidade de diagnosticar sempre sem erro, as mais variadas doenças. Era como se tivesse uma espécie de “Raio X” em seus olhos. De fato, foi o único capaz de dar o diagnóstico correto da doença que vitimaria o célebre cantor de ópera Enrico Caruso. Todos os dias participava na missa e recebia a comunhão. Participava na igreja de “Gesù Nuovo”, dos padres jesuítas, que era próxima de sua casa, onde morava com a irmã, Nina. Era igualmente devoto de Nossa Senhora. Inspirado na maternidade virginal da Mãe de Deus, decidiu não se casar. Após um de seus dias extenuantes, em que uma legião de pobres o procurava para conseguir algum alívio nas doenças, sentiu-se mal. Sua irmã Nina pediu para que todos saíssem. Por volta das três horas da tarde, sentou-se na poltrona. Vítima de um infarto, exalou serenamente seu último suspiro. Logo começou a correr a voz pela cidade: o médico dos pobres havia morrido. Uma comoção tomou conta dos cidadãos de Nápoles, cidade onde ele vivera e trabalhara. Uma multidão acorreu para prestar suas últimas homenagens ao “médico dos pobres”. São Paulo VI o beatificou no dia 16 de novembro de 1975 e, São João Paulo II, o canonizou no dia 25 de outubro de 1987. São José Moscati desde sua morte, em “odor de santidade”, começou a ter uma devoção popular. Curiosamente, foi um dos primeiros casos em que, junto a seus devotos, se utilizou não mais uma pintura, mas uma fotografia para uso da devoção popular.

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