Distante cerca de 100km de Damasco, se encontrava o vilarejo de Capitólias; nele viveu São Pedro, que segundo uma antiga passio escrita supostamente por São João Damasceno, era um cristão casado e pai de três filhos. Aos 30 anos de idade, sentiu o chamado para a vida eremítica e após obter a permissão da esposa, se retirou para um eremitério da região, fora da cidade. Conforme a espiritualidade da época, reforçada por um ambiente hostil ao cristianismo, Pedro desejava ardentemente tornar-se mártir, mas aos sessenta anos e doente, suas esperanças começavam a se enfraquecer. Segundo o relato da passio, Pedro fez uma última tentativa para abraçar a coroa da vitória: por meio de um servo mandou vir importantes expoentes dos muçulmanos da cidade com a finalidade de ditar-lhes o testamento; fez na verdade uma profissão pública de sua fé crista, coisa proibida pelas autoridades muçulmanas. As autoridades, embora contrariadas, não decidiram matá-lo imediatamente, pois como estava muito doente creram que a morte viria a qualquer momento. Mas, milagrosamente, Pedro se restabelece, sai de seu eremitério e começa a proclamar sua fé nas praças da cidade: desta vez, Pedro foi preso e foi levado à presença do Califa Walid I. No dia 4 de janeiro de 715, Pedro chegou na residência do califa e foi instado a apostatar da fé cristã para que assim se salvasse da morte certa. Apesar do pedido, Pedro se manteve firme. Foi condenado e reenviado para Capitólias: ali, diante de toda população e de sua família, começou a sofrer o suplício. Teve primeiro sua língua arrancada. No dia seguinte foram cortados seu pé e sua mão direitos; após um dia sofrendo dores atrozes, os carrascos se aproximaram e cortaram seu pé e sua mão do lado esquerdo; em seguida seus olhos foram queimados por um ferro em brasa. Nessa triste situação, foi colocado sobre uma maca e transportado por todas as ruas da cidade para que servisse como exemplo para a população. Finalmente, São Pedro – assim como o príncipe dos apóstolos – será pregado numa cruz e deixado agonizar por cinco dias; ao terminar sua vida, seu corpo foi transportado para um forno e queimado até ficar reduzido a cinzas. O suplício, que havia iniciado no dia 10, assim terminara no dia 13 de janeiro de 715
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