Bem-aventurado Juan Gonga Martinez

Nascido na Espanha em 25 de março de 1912, Juan Gonga Martinez é um jovem membro da Ação Católica. É um jovem normal, como tantos outros. Namora com Josefina Millet Cucarella, com quem começa a fazer planos para o matrimônio. Trabalha em um escritório e, além disso, exerce o apostolado em seu trabalho e nos mais variados ambientes que frequenta. Seu cartão de visitas é quase sempre um sorriso, que o torna simpático a quem quer que o conheça. Anuncia o evangelho, aconselha os amigos, ensina às crianças a catequese, enfim, é estimado por todos. Em 1936 estoura a guerra civil espanhola. Os católicos praticantes começam a ser perseguidos pelos defensores de outras ideologias. Nesse momento, os riscos para um católico perder a vida são enormes. Juan sabe de correr perigo. No entanto, diz aos amigos que seria muito bonito poder entregar a própria vida pelo Cristo. Na manhã de 25 de julho, suas palavras foram postas à prova: saindo da missa – que era celebrada clandestinamente numa casa – é preso. No entanto, durante o interrogatório, não fica claro se há provas de ele ser culpado ou não de ter participado numa celebração cristã. É libertado. Fica escondido por um tempo, mas as saudades pela família o fazem tornar a casa. Mas, as autoridades descobrem sua presença e, em seguida, é preso. No dia 13 de novembro é sumariamente julgado e condenado: arrancado de sua cela é levado para o paredão de fuzilamento. Tinha as mãos amarradas, mas mesmo assim conseguiu tirar de seu bolso um crucifixo que sempre trazia consigo. Consegue levantá-lo e, diante dos fuzis apontados para ele, consegue ainda exclamar: “Jesus morreu perdoando os seus crucificadores; eu, indigno seu servo, vos perdoo de todo coração”. Ouviram-se os disparos. Tombava assim, o Bem-aventurado Juan Gonga Martinez, com apenas 24 anos de idade. Foi beatificado por São João Paulo II em 11 de março de 2001, juntamente com outros 233 mártires dessa mesma perseguição.