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Bem-aventurada Francisca de Paula de Jesus – Nhá Chica

Leiga (†1895)

POPE

Antoine Mekary | Aleteia | I.Media

Nascida em 1808, filha de escrava e pai desconhecido, provavelmente o dono da fazenda em que a mãe trabalhava. Em seu batismo lhe dão o nome de um santo particularmente venerado: São Francisco de Paula. Sendo filha de uma escrava e de pai desconhecido, Nhá Chica cresceu sem sobrenome. Com a libertação dos escravos, ela, a mãe e um irmão nascido de outra união, se transferem para a cidade. Com a chegada de sua adolescência, a mãe falece. Órfã e analfabeta, Nhá Chica se valeu da educação religiosa que a mãe lhe havia dado, juntamente com a recomendação de viver uma vida retirada para melhor se dedicar à oração e à caridade. Apesar de várias propostas de casamento, Nhá Chica permanecerá firme no propósito de viver em oração. É assim, por exemplo, que ela começa a organizar encontros de oração em sua própria casa; as pessoas a procuram não só para rezar, mas também para dizer seus problemas e angústias. Nhá Chica a todos ouve e diz que apresentará os pedidos à Nossa Senhora. Muitas pessoas têm seus pedidos atendidos. Quando interrogada, Nhá Chica responde com simplicidade: “Eu lhe suplico, e Nossa Senhora me responde…”. Sua fama com o tempo se alastra: até personagens da corte imperial a procuram para pedir conselhos. Para todos que a procuram, Nhá Chica transmite uma mensagem de Nossa Senhora. Quando indagada sobre essa honra de ser porta-voz da Virgem Maria, para fugir de qualquer orgulho ou soberba, Nhá Chica respondia com frequência: “Respeito aquilo que diz Nossa Senhora e nada mais. Além da oração, Nhá Chica se dedica à caridade, organizando a cada semana um almoço para os pobres e dando a quem comida a todo aquele que batia a sua porta pedindo ajuda. Em 1862, seu irmão, que havia feito fortuna trabalhando, morre sem deixar filhos; antes de morrer, deixou toda sua herança para Nhá Chica. Vendo nesse fato a Divina Providência, Nhá Chica não pensou duas vezes: usando da imensa fortuna, organizou suas atividades de caridade e, atendendo a um pedido de Nossa Senhora, manda construir uma igreja dedicada à Imaculada Conceição de Maria. Ao final de sua vida teria distribuído quase que todos os bens entre os pobres, deixando o que sobrara para a paróquia. No dia 14 de junho de 1895 Nhá Chica falece e é enterrada na igreja que ela havia mandado construir para a memória e honra da Imaculada Conceição de Maria. Seu processo de canonização iniciou-se apenas cem anos após sua morte e, no dia 4 de maio de 2013, Nhá Chica foi beatificada em Baependi numa celebração presidida pelo cardeal ngelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.

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