Santa Lucrécia de Córdoba

Nasceu numa família riquíssima que professava a fé no Islam. Contudo, foi instruída por uma parente cristã e que era monja nas verdades do cristianismo. Convencida, decidiu pedir o batismo, tudo isso sem segredo, pois temia perder a própria vida, caso sua família descobrisse sua conversão. Com o passar do tempo, Lucrécia acabou revelando aos seus pais sua índole cristã; os pais ficaram horrorizados e tentaram com todas as forças fazer com a filha abjurasse da fé cristã. Lucrécia, para tranquilizar seus pais, simulou o abandono da fé cristã, mas continuou secretamente a se corresponder com Santo Eulógio e sua irmã. Efetivamente, quando teve a oportunidade, fugiu para a casa desses santos cristãos, na expectativa de poder viver sua nova fé em paz. Os pais, após procurá-la em vão, denunciaram suas suspeitas às autoridades muçulmanas, que logo começaram com as perquisições com o aprisionamento de vários cristãos. Durante essas perseguições, Lucrécia fugia de uma casa para outra e vivia em jejum e oração. Apesar de todos os cuidados, uma denúncia fez com que a casa onde ela estava fosse rodeada por um grupo de soldados. Logo foi levada perante as autoridades onde, durante o processo, se tentou fazer com que ela renegasse a fé cristã. Por fim, vendo que a jovem Lucrécia não abria mão sequer um milímetro de suas convicções cristãs, o juiz emitiu a ordem fatal: deveria ser decapitada. Assim foi: no dia 15 de março de 859 o carrasco separou a cabeça da jovem de seu corpo mediante um golpe de cimitarra. Seu corpo foi jogado no rio Guadalquivir, mas milagrosamente foi recuperado pelos cristãos que o sepultaram na basílica de São Genésio. Seu culto ainda se mantém vivo na cidade de Córdoba.