Santa Olímpia

Nasceu numa família de posses em Constantinopla, aproximadamente no ano 361. Tornou-se órfã muito cedo e foi confiada à Teodosia, irmã de Santo Afilóquio, bispo de Icônio, uma mulher de profunda cultura e vida cristã. Desde muito jovem, portanto, Olímpia foi instruída nas Sagradas Escrituras e, segundo consta, São Basílio e São Gregório de Nazianzo tinham grande estima por Olímpia. Foi educada na corte e desfrutava da companhia das mais altas damas das nobres famílias de Constantinopla. Apesar disso, Olímpia se sentiu atraída pelo ideal da santidade e começou a seguir os passos de Santa Melânia, se dedicando à mortificação e afastando-se dos luxos da corte. Em meados de 384-385, contraiu matrimônio com Nebrídio, prefeito da cidade de Constantinopla em 386. Embora o casamento fosse fonte de alegrias, sua vida matrimonial durou pouco: após pouco menos de dois anos, seu marido morreu; o imperador Teodósio desejava que ela contraísse novo matrimônio, mas Olímpia rejeitou a proposta. Após algumas vicissitudes, Olímpia dispôs de seus bens para fundar algumas obras de caridade na cidade. Diante de suas virtudes, o bispo Nectário (381-397) nomeou Olímpia como diaconisa. Em seguida, Olímpia fundou um pequeno mosteiro nas proximidades da igreja de Santa Sofia que, em pouco tempo, tornou-se uma comunidade numerosa. O novo bispo de Constantinopla, João Crisóstomo, se encantou com a vida das monjas e uma sadia relação se estabeleceu entre o bispo e a comunidade monástica. Mas os tempos eram difíceis: controvérsias doutrinais agitam a cidade. São João Crisóstomo será enviado para o exílio e Olímpia conhecerá também a mesma sorte. Apesar de tudo, continua sua vida, aceitando com serenidade a injustiças. Em meados de 408 Olímpia morre, retornando ao Senhor entre as batalhas sustentadas em favor de Deus.