Bem-aventurado João de Fiesole (beato Fra Angélico)

Seu nome de batismo era Guido, ou Guidolino. Nasceu na Toscana no final do século XIV e, desde sua juventude praticou a arte da pintura em Florença. Sentindo a vocação, ele e seu irmão Bento se apresentaram no convento dominicano de Fiesole. Após alguns anos de preparação, foi ordenado sacerdote assumindo o nome de Frei João de Fiesole – após sua morte se popularizou o costume de chama-lo de “Fra Angélico”. Sua vida no claustro foi marcada pelo entrelaçamento da santidade com a arte: sua pintura revela a busca de elevação da alma à Deus, tornando-se uma pregação que ressoa pelos séculos afora. Enquanto pintor, suas obras foram produzidas em Fiesole, Florença e Roma. Na cidade eterna foi chamado pelo papa Eugênio IV para pintar a basílica de são Pedro; posteriormente, o papa Nicolau V o convidou para pintar sua capela privada e seu escritório. Nesse período, o papa chegou a lhe oferecer a importante sede episcopal de Florença, mas o bem-aventurado, por humildade, rejeitou energicamente. No dia 18 de fevereiro de 1455 foi ao encontro daquelas realidades últimas que tentou vislumbrar com sua arte. Fra Angélico está sepultado na igreja dominicana de Santa Maria sopra Minerva, em Roma. São João Paulo II no dia 3 de outubro de 1982 o beatificou e dois anos depois, no dia 18 de fevereiro, o proclamou padroeiro universal dos artistas.