Bruno de Eguisheim-Dagsbourg, nasceu no dia 21 de junho de 1002, na Alsácia, França, de uma família alsaciana dos condes de Egisheim-Dagsburg. Bruno ficou na casa paterna até a idade de cinco anos, quando a mãe o confiou aos cuidados do célebre Bispo de Toul, Bertoldo.
Possuidor de belos talentos, Bruno fez rápidos progressos nos estudos, e distinguiu-se com grande vantagem entre os alunos de Direito canônico. Destinado a ser sacerdote, recebeu a ordem do diaconato, e na qualidade de ministro do altar, passou para o serviço na corte imperial, distinguindo-se sempre pela habilidade de negociação, de administração e na piedade.
Depois de estudar em Toul, tornou-se cônego de Saint-Ettiénne, em 1023.
Em 1026 foi eleito Bispo de Treves. Nesta posição, desenvolveu um zelo extraordinário na reforma de conventos e na obra da salvação das almas. Profundo conhecedor da arte musical, compôs grande número de cânticos religiosos e envidou todos os esforços pela digna celebração do culto divino. Anualmente visitava os túmulos de São Pedro e São Paulo em Roma.
Foi eleito Papa em 12 de fevereiro de 1049 sob o nome de Leão IX, sendo o 153º papa da Igreja católica. Foi principalmente um papa viajante, trabalhando pela paz na Europa e um reformador. Seu primeiro cuidado foi reorganizar a disciplina eclesiástica. Os Sínodos de Latrão, de Pávia, Reims e Mogúncia se dirigiram contra os abusos da simonia, contra a investidura laical e o casamento dos clérigos. Estabeleceu Cardeais de outras nações além de italianos. À sua intervenção, o rei André, da Hungria, fez as pazes com o imperador Henrique III. Em 1050 condenou os erros de Berengário.
O ano de 1053 trouxe a divisão da Igreja, em grega e latina, causada pela incompreensão existente entre latinos e gregos. O Patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário, chegou a proibir à comunidade latina o uso de pães ázimos na celebração da Santa Missa, a omissão do canto de Aleluia durante a quaresma e outros usos de menor importância da Igreja latina. Leão defendeu as tradições latinas num memorando que chegou às mãos do Patriarca por intermédio do Cardeal Umberto. Infelizmente, a incompreensão mútua havia chegado ao auge, o que levou à separação da Igreja. Os Normandos, sequiosos de conquistas e no afã de estender o poderio sobre toda a Europa, invadiram também a Itália. As províncias das Apúlias e Calábria, tinham já caído em seu poder, e os acampamentos estendiam-se até às portas de Benevento, cujos habitantes invocaram o auxílio do Papa. Este, tendo recebido valiosos reforços do imperador, enviou tropas contra os Normandos. Estes venceram e tornaram o papa um prisioneiro. Embora vencedores trataram o ilustre prisioneiro com todo o respeito, dispensando-lhe todas as honras, a que sua alta posição lhe dava jus. De junho de 1053 a março de 1054 foi mantido prisioneiro em Benevento, numa prisão honorável.
Não sobreviveu muito tempo após seu retorno a Roma, onde morreu em 19 de abril de 1054, aos 51 anos.
Seu corpo repousa na basílica de São Pedro.
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Papa (†1054)
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