Bem-aventurado Guilherme Tirry

Em 1608, em uma família de mercadores católicos da cidade irlandesa de Cork, nascia Guilherme. Logono início de sua juventude entrou na ordem de Santo Agostinho, indo para Valladolid, na Espanha, para realizar seus estudos. Posteriormente foi, também para estudar, até as cidades de Paris e Bruxelas. Voltou para a Irlanda e, em 1646, se tornou sócio do Padre Provincial. Em 1649 exercia a função de Prior do concento de Skreen. Com a política desenvolvida por Oliver Cromwell, que envolvia uma forte perseguição aos católicos da Irlanda, Guilherme deixou essa função para se tornar educador de um jovem de sua família e para exercer secretamente o ministério de prebítero, dando os sacramentos aos católicos da região. Contudo, diante da pressão política, acabou sendo denunciado por dinheiro e foi capturado quando ainda estava paramentado para a celebração. Foi encarcerado e, no período da prisão, foi-lhe oferecida a possibilidade de abjurar da fé católica em troca do perdão e da liberdade. Guilherme permaneceu firme e foi condenado por traição por um tribunal. Sua culpa: celebrar a missa. Vestido com o hábito agostiniano e levando um rosário em suas mãos, foi conduzido ao local de execução: com os pulsos amarrados e com uma corda em seu pescoço exortou a multidão a abraçar a fé católica e a ser fiel ao Papa. Perdoou àqueles que o haviam traído e pediu perdão pelos seus pecados. Morreu enforcado em 1654, no dia 2 de maio (no calendário juliano; 12 no calendário gregoriano, que se instaurou logo depois e que é o dia de sua memória litúrgica). Sua beatificação ocorreu no dia 27 de setembro de 1992, sob o pontificado de São João Paulo II.