São Bernardo de Claraval

Com apenas vinte e dois anos, São Bernardo entrou no mosteiro. Consigo trazia um grupo de cerca trinta parentes que, com ele, entraram na vida monástica. Entraram no mosteiro fundado por Roberto de Molesmes em Cîteaux (em latim cistercium, donde o nome cistercienses). Segundo as fontes, Bernardo é reservado, mas possui um caráter firme, que se revelará mais tarde, quando se tornará abade: a seus monges pedirá menos funções, menos leituras e mais trabalho; de fato, enviará seus monges, apóstolos com a enxada, por boa parte do território europeu que, aos poucos, vão conferindo ordem à terra, à água e vão ajudando a construir a história do continente. Como teólogo se distingue nas discussões: de sua autoria, temos cerca de 331 sermões escritos, mais 534 cartas, sem contar os tratados famosos sobre a graça e o livre arbítrio; o batismo; o dever dos bispos, etc… Também escreveu vários textos sobre Nossa Senhora, identificada por ele como a “mediadora de graças”. Após uma vida dedicada à teologia e à Igreja, ao que tudo indica, morre por um tumor no estômago e é enterrado na igreja de seu mosteiro. Em 1174 o papa Alexandre III o proclamará santo e, em 1830, Pio VIII lhe dará o título de doutor da Igreja.