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Bem-aventurado Cipriano Miguel Iwwene Tansi

Religioso (†1964)

CHILDREN

Public Domain

Santo do dia

O primeiro Bem-aventurado da Nigéria foi beatificado pelo Papa São João Paulo II no dia 22 de março de 1998 em Onitsha, Nigéria. Por ocasião de seu nascimento, no ano de 1903, no sul da Nigéria, recebeu o nome de Iwene, nome da etnia dos Igbo. Ao tornar-se cristão, recebeu o nome de Miguel e, finalmente, ao se tornar monge trapista, o nome de Cipriano. Desde o ano de 1890 o evangelho havia chegado na Nigéria, graças à ação dos missionários alsacianos e, posteriormente, pelos missionários irlandeses que pertenciam à Congregação do Espírito Santo. Os pais de Iwene eram agricultores e praticantes da religião dos Igbo. Tinham grande desejo que seu filho pudesse estudar. Por esse motivo o enviaram para os missionários, na esperança que estes pudessem lhe dar uma boa educação. De fato, Iwene recebe não só uma formação intelectual, mas também a iniciação à fé cristã: aos nove anos é batizado e depois começa a frequentar a escola. Nela, mais tarde, se tornará professor até o ano de 1924, quando se tornará diretor da Escola São José. Durante esse período ele cultivava em seu coração a vocação ao sacerdócio e, aos poucos, vai vencendo a resistência de seus pais a essa escolha. Em 1925 entrou no seminário de São Paulo em Igbarian. Após doze anos de preparação foi ordenado sacerdote na catedral de Onitsha. Seu apostolado se concentrou em trabalhar junto à população que professava a fé tradicional, anunciando-lhe o evangelho do Cristo. Por vinte e cinco anos desempenhou o papel de evangelizador, percorrendo a pé e em bicicleta o imenso território. Obedecendo a um pedido de seu bispo, mas também a um desejo de seu coração, ingressou na abadia trapista de Mount St. Bernard em Leichester, Inglaterra: a ideia era a de trazer para a Nigéria a experiência da vida contemplativa. Padre Miguel tronou-se um monge humilde e dócil até que, depois de três anos como oblato, foi admitido no noviciado, recebendo o nome de Cipriano. Em 1956 fez seus votos perpétuos e em 1963, após uma vida de silêncio, oração, pareceu que os tempos estavam maduros para uma nova fundação na Nigéria. Mas a guerra civil estava para explodir no Biafra, por esse motivo, os superiores acharam mais prudente enviar os primeiros monges para os Camarões: Padre Cipriano foi nomeado como mestre dos noviços. Embora seu desejo fosse voltar para a Nigéria, Padre Cipriano aceitou o encargo como a vontade de Deus: enquanto se preparava para partir em janeiro de 1964, começou a apresentar alguns problemas de saúde. Foi para o hospital e aí descobriram um aneurisma em sua aorta. Voltou para o mosteiro com a intenção de retornar no dia seguinte ao hospital, mas durante a noite teve uma recaída, de modo que voltou para o hospital naquela mesma noite; na manhã de 20 de janeiro, Padre Cipriano num pequeno quarto de hospital, falecia sozinho, sem poder ter realizado o grande sonho de rever sua terra natal. Seu funeral foi celebrado no mosteiro. Quando o processo de sua beatificação foi aberto na catedral de Onitsha, em 1986, a Nigéria contava com duas comunidades trapistas de religiosos e religiosas, e uma comunidade beneditina. O Senhor no silêncio escutou as orações do Bem-aventurado Padre Cipriano. Em 1988 seu corpo foi levado para sua terra natal, ao chegar na catedral de Onitsha, igreja onde fora ordenado, uma menina de 17 anos que possuía um grave tumor não operável, tocou em seus restos mortais e foi inexplicavelmente curada, já que após a celebração do solene rito fúnebre, já não havia mais tumor.

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