Germano nasceu em Trier, na Alemanha, por volta do ano 618, no reinado de Clotário II. Era filho de um rico senador, que confiou ao bispo de Trier, Modoaldo, a tarefa de sua educação.
Aos dezessete anos, Germano decidiu abraçar a vida monástica. Distribuiu aos pobres os bens que possuía e também sua parte da herança, depois partiu para visitar Santo Arnoldo, que havia deixado a Sé episcopal de Metz para viver como eremita perto de Romberg ou Remiremont.
Viveu algum tempo com Arnoldo que lhe conferiu a tonsura e depois o enviou, com o irmão Numeriano, que veio juntar-se a ele, ao mosteiro recentemente fundado nas proximidades de São Romarico.
Levando uma vida de trabalho manual, humildade, pobreza e austeridade, Germano continuou de alguma forma o noviciado, até o dia em que, movido pelo desejo de maior perfeição, partiu com o irmão e alguns religiosos para Luxeuil, onde São Walberto o recebeu, conferiu-lhe o sacerdócio e depois enviou-o, sob o reinado de Dagoberto I (628-38), para organizar e governar o mosteiro de Granfeld (Monasterium Grandis Vallis) ou Moutier-Granval, recentemente fundado pelo Duque de Alsanzia, Gondo, no território da diocese de Basel, na atual Suíça. Pouco mais tarde, Walberto também lhe confiou o governo de duas outras casas em Luxeuil.
Com a morte do duque da Alsácia, seu sucessor, Bonifácio, multiplicou as cobranças contra os que viviam no mosteiro. Um dia as tropas do duque devastaram e pilharam o mosteiro. Germano acompanhado de Randoaldo foi ao encontro dos saqueadores para se oporem a eles com a força do Evangelho. Germano e seu companheiro foram presos pelas milícias do duque, que os massacraram no dia 21 de fevereiro.
Na noite seguinte, os monges recolheram os corpos e os enterraram primeiro em Saint-Ursanne, depois em Moutier-Granval. São considerados mártires e tornaram-se muito populares.
Os milagres que aconteciam junto ao túmulo de São Germano, fez com que o lugar se tornasse um centro de peregrinação. Os restos mortais dos mártires foram então transferidos para o altar principal da Abadia, em 1477.
Seu culto espalhou-se pela diocese de Basel e pela província de Besançon.
O avanço do protestantismo e o incêndio da Abadia, da qual nada resta, levaram os monges a se retirar e transportar as relíquias dos dois santos para Délémont (cantão de Berna, na Suíça), onde continuam sendo venerados.
O culto a São Germano ainda está vivo no cantão católico de Jura Bernese, onde muitas igrejas são dedicadas a ele.
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Mártir monge (†c. 667)
JEFFREY BRUNO
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