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Santa Brígida da Suécia

Religiosa, fundadora de ordem religiosa (†1373)

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Brígida tinha por volta de 13 anos quando foi dada em matrimônio, contra sua vontade, a Ulf Gudmarsson. Foi mãe de oito crianças, entre elas Santa Catarina da Suécia.

A devoção de Brígida influenciou seu marido. Entre outras viagens, o casal realizou peregrinações a Nídaros (atual Trondheim) e a Santiago de Compostela. A caminho da Espanha, na cidade francesa de Arras, Ulf adoeceu. Quando se temia o pior, o santo francês São Dionísio apareceu ante Brígida e lhe prometeu que seu marido não morreria nessa ocasião. De volta a Suécia, Brígida e o marido se estabeleceram junto ao convento de Alvastra, onde Ulf faleceu em 1344, aproximadamente.

Após a morte de Ulf, Brígida repartiu seus bens entre os herdeiros e os pobres, passando a viver de maneira simples nas imediações do convento de Alvastra. Nessa época, suas visões se tornaram mais numerosas, formando a maior parte das aparições que Brígida vivenciou até sua partida para Roma. Foi durante elas que Brígida recebeu a missão de levar mensagens a políticos e líderes religiosos, assim como teve diálogos com santos e mortos.

Brígida viajou a Roma no ano de 1349 com o propósito de tomar parte na celebração do jubileu de 1350, e para obter permissão do papa para fundar uma nova ordem religiosa. Entretanto, na ocasião o papa residia em Avinhão e, além disso, a Igreja havia proibido o estabelecimento de mais ordens.

Foi testemunha do decaimento espiritual da cidade após a partida do papa. Durante sua estadia na cidade, escreveu cartas ao papa, onde lhe suplicava que regressasse a Roma, e se dedicou a visitar as igrejas que continham tumbas de santos. Na igreja de São Lourenço, em Panisperna, na colina de Viminale, perto de onde morava, pedia aos transeuntes esmolas para os necessitados. Também aproveitou para viajar em peregrinação ao santuários de Assis e a Nápoles, no sul da Itália.

Em 1368, o Papa Urbano V regressou a Roma e, em 21 de outubro recebeu o Imperador Carlos IV. Então, Brígida pôde entregar as regras de sua ordem ao papa, que se encarregaria de examiná-las. As regras foram aceitas com várias revisões e grandes mudanças com as quais Brígida provavelmente não concordava. Além disso, o papa tomou a decisão de deixar novamente a Itália por motivos de segurança, situação com a qual Brígida também não estava de acordo. Ela profetizou que o papa receberia um forte golpe de Deus e, após dois meses do regresso a Avinhão, Urbano faleceu.

Em 1371, quando tinha aproximadamente 68 anos, Brígida realizou uma viagem à Terra Santa, com um itinerário que passaria por Nápoles e Chipre. Quando voltou a Roma, no verão de 1373, uma enfermidade a debilitou, e Brígida faleceu no que é hoje a praça Farnese.

De acordo com sua própria vontade, seus restos mortais foram transladados para a Suécia, especificamente para o convento de Vadstena, após haverem sido enterrados na igreja romana de São Lourenço em Panisperna. Em 1377, por ordem do bispo Alfonso Pecha, de Vadstena, amigo e confessor de Brígida, foi dada à luz a primeira edição de suas Aparições celestiais. Em 1378, houve outra aprovação das regras da ordem religiosa de Brígida, e em 1384 se consagrou o convento de Vadstena.

O processo de canonização de Brígida começou em 1377 e terminou em 1391. Em 1999, santa Brígida foi elevada, junto com santa Catarina de Sena e santa Teresa Benedita da Cruz, co-padroeira da Europa.

A ordem de Santa Brígida perdura até nossos dias, sob o nome de Ordem do Santíssimo Salvador de Santa Brígida (Ordo Sancti Salvatoris), chamada comumente de Ordem Brigidina. Os restos de santa Brígida encontram-se na Abadia de Vadstena.

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