Seu nome, de origem escandinava, “Søren” foi traduzido para Severino, e é com esse nome latino que a Igreja hoje faz memória desse bispo que viveu no século IV. Na lista de bispos da diocese da cidade de Colônia, Alemanha, ele é o terceiro, depois do bispo Eufrates e antes do bispo Carentino.
Sabe-se muito pouco sobre ele. Supõe-se que tenha nascido por volta de 320.
Alguns cronistas contam que em 376 fundou um mosteiro na então “Colônia Agripina” em homenagem aos santos mártires Cornélio e Cipriano, sobre cujos restos mortais foi erguida a Basílica de São Severino, no período seguinte, dedicado a ele.
Além disso, São Severino é lembrado como um grande opositor da doutrina cristológica elaborada pelo monge e teólogo Ário, comumente conhecida como arianismo, e condenada em 325 pelo Concílio de Nicéia.
Finalmente, São Gregório Magno conta sobre ele uma história, segundo a qual São Severino teria ouvido o coro celestial de anjos cantar nas exéquias de seu grande amigo São Martinho de Tours.
São Severino de Colônia morreu no ano de 404 e seus ossos estão guardados em uma caixa de ouro no coro da igreja de mesmo nome, em Colônia.
Em 1999, foi feito um reconhecimento de seus restos mortais, durante o qual foi feito um documento que afirma a transferência dos ossos de São Severino pelo bispo Wigfried de Colônia (924-953), para o local onde se encontra atualmente. Com modernas técnicas dendrocronológicas foi possível remontar à datação da parte inferior da caixa de madeira, situando-a no ano de 948. Por fim, descobriu-se fragmentos de um tecido antigo, provavelmente bizantino, com o qual a própria caixa tinha sido forrada. No martirológio romano, a festa de São Severino de Colônia ficou marcada para 23 de outubro.