Santa Ermina

 A tradição conta que Ermina (Irmina ou Irma) era filha de Dagoberto II, rei da Austrásia, região à beira do rio Reno, na Alemanha.
    Quando jovem Ermina era noiva do conde Hermann, que faleceu antes do casamento. A jovem noiva interpretou este evento como sinal de Deus, que a chamava para a vida religiosa. Assim, ingressou num mosteiro beneditino.
    Anos mais tarde, fundou o Mosteiro de Ohren, perto da cidade de Trèves, que existe ainda hoje, sendo eleita a primeira abadessa. Desde então, tornou-se uma grande benfeitora dos missionários que passavam pela região.
    Entre os séculos VII e VIII, a propagação da fé cristã, realmente, ocorreu em consequência das fervorosas iniciativas missionárias e das fundações de mosteiros.
    A história conta que no fim do século VII passou por Tréveris o santo monge inglês Wilibrordo que chefiava uma missão evangelizadora na região da Frísia, atual Dinamarca, ao lado de outros monges da mesma origem. Atendia um especial pedido do papa Sérgio I, que desejava ver a região convertida. Encontrou Tréveris em grande desolação devido a terrível peste. Ermina então recorreu ao santo monge a fim de que implorasse de Deus a cessação da doença. No Mosteiro de Ermina, Wilibrordo manteve-se em fervorosa oração e penitência para que as religiosas e os habitantes da cidade ficassem livres do mortal contágio. Suas preces foram ouvidas tão depressa que Ermina ficou comovida com tamanha santidade.
    Muito agradecida, Ermina doou a Wilibrordo o território de Echternach, com antigas construções romanas que serviriam de base para o monge fundar um grande mosteiro que se tornou centro-base de suas viagens e pregações apostólicas. Pode-se dizer, também, que sem a ajuda de Ermina a Dinamarca demoraria muito para converter-se ao seguimento de Cristo.
    Ermina continuou a ajudar o monge através da força das orações e com recursos materiais.
    Ermina levou sua existência entregue aos exercícios espirituais e a uma vida feita de abnegação e caridade. 
     Faleceu na véspera do Natal de 710.
    A Igreja autorizou seu culto, incluiu-a no livro dos santos e determinou o dia de sua morte, 24 de dezembro, para a homenagem litúrgica em sua memória.