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São Pedro de São José Betancur

Irmão da Ordem Terceira de São Francisco († 1667)

MODLITWA DO MARYI

otnaydur | Shutterstock

São Pedro de São José Betancur nasceu em Vilaflor, Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha, em 16 de março de 1626. Os pais, Amador González de Betancur e Ana García, eram cristãos extraordinários e exemplares aos olhos dos cinco filhos, dos quais Pedro era o mais velho.
Na adolescência Pedro pastoreava ovelhas em agradáveis vales contemplando a natureza e a grandeza de Deus, jejuando quatro vezes por semana, alimentando-se apenas de pão e água, costume que cultivou durante toda a vida. Depois de pensar em se casar, decidiu morar sozinho e dedicar-se exclusivamente para Deus e a seus irmãos.
Em 18 de setembro de 1649, deixou as Ilhas Canárias para dar sua resposta incondicional a Deus. Mudou-se para o Novo Mundo, primeiro para Havana, na ilha de Cuba, onde se sentiu perdido no trânsito da grande cidade colonial. Esperando a oportunidade de continuar sua jornada, ele aprendeu a trabalhar de tecelão na fábrica de lã de Gerolamo Suárez. Finalmente, em 18 de fevereiro de 1651, cruzou a ponte Matasanos para entrar na próspera cidade de Santiago de los Caballeros de Guatemala, pela qual havia sido misteriosamente atraído. “Aqui eu quero viver e morrer”, exclamou, tocando a terra dos seus sonhos após dezessete meses de viagem em meio a mil vicissitudes.
Estava tão exaurido por causa de uma doença, que sua primeira acomodação no país foi um hospital, aonde chegou com perigo de vida. No hospital teve seu primeiro contato com os sofrimentos dos índios. Ao ficar curado de maneira extraordinária, ele estabeleceu-se naquela cidade, dedicando-se às obras de caridade e levando uma vida austera. Trabalhando pelos pobres, conheceu a dura vida dos “índios” e dos escravos, a triste situação de tantos pobres abandonados, dos enfermos sem cuidados e das crianças abandonadas. No meio daquela gente sentia todos os sinais da dor e da necessidade, e tornou-se cada vez mais claro para ele porque tinha sido impelido a sair de casa e da pátria: “para ser pobre e consagrar-se aos pobres, para viver e morrer eles”.
Morava num quartinho, que durante o dia ele abria para as crianças que perambulavam pela cidade da Guatemala. Nas horas vagas do trabalho dedicava-se à formação cristã das crianças, às quais transmitiu também as primeiras noções de conhecimento com o seu método particular: o ensino com canto, com jogo, com dança. Organizou a recitação do rosário em procissão, cantando, e os simples se juntaram com entusiasmo. Com essas formas de ensino, foi um precursor de métodos pedagógicos que se estabeleceriam séculos depois. Os dias eram cheios de trabalho, escola, visitas aos pobres e enfermos, aos presos, enquanto as noites eram apenas para o Senhor.
Em 1652, não podendo ingressar na vida religiosa por não ter estudado, tornou-se franciscano terciário, que vestiam o hábito da 1ª Ordem, mas sem capuz. Seu amor criativo o levou a realizar algo eficaz e duradouro. Escolheu uma casinha de palha como primeiro centro de sua grande obra de caridade porque em Belém Deus, que é caridade, nasceu entre a palha. Assim, naquela casinha, a pequena “Belém da Guatemala”, a caridade de Deus nasceu sobre outra palha.
Para Pedro, Belém era um símbolo da pobreza suprema de Deus feito Homem, pobreza que ele escolheu no serviço aos irmãos e irmãs que não admitia reservas nem exclusões. Na Encarnação todo homem se tornou irmão de Cristo, sua imagem, na qual não há diferenças de categorias, classes e cores. Desta visão e convicção de fé formou-se “Belém”, com oratório, escola para crianças, centro catequético, enfermaria e casa de acolhimento para estudantes, estrangeiros, padres pobres e convalescentes, sem distinção de raça e cor. A casinha, chamada “Nossa Senhora de Belém”, era aberta a todos.
Tendo recebido os últimos sacramentos, faleceu aos 41 anos, na Guatemala, no dia 25 de abril de 1667. Foi imediatamente necessário defender seu corpo do assalto daqueles que desejavam uma relíquia. Depois de alguns dias, o funeral foi celebrado na presença de muitas autoridades civis e religiosas e com uma multidão de fiéis nunca antes vista no país.
Em 30 de julho de 2002, Pedro de São José de Betancur foi proclamado santo pelo Papa São João Paulo II, na Cidade de Guatemala, depois de tê-lo beatificado e declarado apóstolo da Guatemala em 22 de junho de 1980.

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