Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quarta-feira 24 Abril |
Aleteia logo
Oração do dia
Festividade do diaHistórias de Santos

Bem-aventurado Padre João (Giovanni) Schiavo

Sacerdote (†1967)

LIGHTS

Public Domain

Santo do dia

Giovanni Schiavo, primeiro dos nove filhos do casal Luigi Schiavo e Rosa Fittorelli, nasceu em Sant’Urbano, no município de Montecchio Maggiore, no norte da Itália, no dia 08 de julho de 1903.
Quase perdeu a vida aos quatro anos, vítima de poliomielite e meningite.
Cumpriu o ensino fundamental em Sant’Urbano. Para concluir o ensino médio foi para Montecchio Maggiore: andava todos os dias doze quilômetros a pé, pois sua família era de escassos recursos. De manhã, acordava muito cedo, para participar da missa, servir como coroinha e receber uma quantia para contribuir no orçamento familiar. Foi durante este período que Giovanni começou a pensar seriamente a respeito de vocação religiosa. Anos mais tarde, contou que o impulso definitivo lhe veio enquanto rezava diante de uma imagem da Virgem Maria, à qual dedicava uma devoção autêntica, ensinada por seus pais. Pediu ajuda ao pároco Giuseppe Dalla Pria, que o encorajou e ajudou-o em seu caminho na vocação religiosa. Pediu para ser recebido no Seminário Menor, intitulado Maria Imaculada, que a Congregação de São José, fundada por São Leonardo Murialdo, possuía em Montecchio Maggiore.
Iniciou seu noviciado em 4 de setembro de 1918 e, em 27 de agosto de 1919, fez sua primeira profissão religiosa nas mãos do primeiro sucessor de Murialdo, padre Eugênio Reffo. Em 1925, pronunciou os votos de castidade, pobreza e obediência e passou os anos seguintes, como os anteriores, entre estudo, compromisso entre os meninos, como é típico em sua congregação, e intensa oração. Foi ordenado sacerdote em 10 de julho de 1927, na Catedral de Vicenza. Pouco depois, celebrou sua Primeira Missa em sua aldeia. Após a ordenação, realizou seu apostolado na Itália em Modena, Oderzo e Montecchio Maggiore.
Em 1931, obteve permissão para ir ao Brasil para participar de missões de difusão do carisma e consolidação da presença de sua ordem no país. Em seu diário ele registrou: “Fui escolhido para as missões do Brasil … Deo Gratias!” Partiu para o Brasil em 4 de agosto de 1931 e nunca mais voltaria à sua terra natal.
Giovanni Schiavo chegou a Jaguarão, Rio Grande do Sul, em 5 de setembro de 1931, onde iniciou sua missão, mas foi transferido em 25 de novembro de 1931 para Ana Rech. Serviu como diretor da escola de Galópolis de 1935 a 1936 e quando esta fechou, em 1937, retornou para Ana Rech. No Brasil, que ele serviu como superior provincial da sua ordem de 1947 até sua renúncia em fevereiro de 1956. Foi também mestre de noviços e professor por um breve período. Também para as Irmãs Murialdinas, o Padre Giovanni Schiavo foi de extraordinária generosidade. Enquanto o padre Luigi Casaril, na Itália, começou a planejar a fundação do ramo feminino em 1951, ele seguiu orientando um grupo de moças brasileiras para a consagração religiosa. Finalmente, no dia 9 de maio de 1954 foi a data de nascimento da comunidade feminina brasileira: Padre Schiavo acompanhou-a até sua morte como administrador e pai espiritual, com zelo incansável e com o exemplo de grandes virtudes, sempre de acordo e colaboração do Padre Casaril. Foi um formidável pastor, tanto que sacerdotes e comunidades religiosas solicitavam sua ajuda na orientação espiritual.
Em 1957 fundou as Irmãs Escolares de Santa Maria Goretti, onde atuou como diretor além de assumir as funções de professor.
Em 20 de novembro de 1966 foi hospitalizado devido a uma doença e foi diagnosticado em 15 de dezembro de 1966 com câncer de fígado após uma biópsia. Devido ao risco de parada cardíaca durante um procedimento cirúrgico, não foi submetido a tal procedimento.
Faleceu às 9h30 do dia 27 de janeiro de 1967. Nas horas que antecederam sua morte, ele continuou repetindo: “Meu Jesus – misericórdia!” e suas últimas palavras foram: “Pai, eu sou seu filho, sempre quis fazer a sua vontade”. Morreu na presença do Bispo de Caxias do Sul, Benedito Zorzi, e do seu bispo auxiliar, Cândido Julio Bampi. O bispo Zorzi conduziu seu funeral na catedral e seus restos mortais foram enterrados em 28 de janeiro de 1967 em um túmulo simples. Em 16 de março de 2015, uma capela foi construída em torno de seu túmulo.
Diante de sua reputação inalterada de santidade, os Josefinos de Murialdo decidiram apresentar sua causa de beatificação. A “Positio super virtutibus” foi entregue em Roma em 2012.
Recebendo o Prefeito da Congregação, Cardeal ngelo Amato, na tarde de 14 de dezembro de 2015, o Papa Francisco autorizou a promulgação do decreto sobre as virtudes heroicas do Padre Giovanni Schiavo.
Entre as muitas graças obtidas por sua intercessão, o caso do senhor Juvelino Cara, ocorrido em outubro de 1997, foi examinado como pretenso milagre para obter sua beatificação. Internado com urgência no Hospital da Saúde de Caxias do Sul com forte dor abdominal, foi diagnosticado com peritonite aguda grave, confirmada tanto por exames laboratoriais como por radiografias. Uma vez aberto o abdômen, o cirurgião constatou trombose venosa mesentérica superior aguda, envolvendo todo o intestino delgado e decidiu não continuar a intervenção, transportando-o apenas para os cuidados intensivos para esperar o momento de sua morte. Nesse momento, a esposa de Juvelino Cara apertou um santinho do pai Giovanni Schiavo e o invocou para curá-lo. Assim, que entrou na enfermaria, Juvelino mostrou sinais de recuperação: sete dias e meio depois, foi libertado sem problemas.
No dia 1º de dezembro de 2016, recebendo em audiência o Cardeal ngelo Amato, o Papa Francisco autorizou a promulgação do decreto sancionando a intercessão do Padre Giovanni Schiavo.
Sua beatificação foi realizada no dia 28 de outubro de 2017, no Pavilhão da Festa da Uva, em Caxias do Sul, presidida, como enviado do Santo Padre, pelo Cardeal Amato.

Descubra outros santos clicando aqui

Top 10
Ver mais