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Bem-aventurado Luís Campos Górriz

Mártir († 1936)            

Pope Francis Angelus

Antoine Mekary | ALETEIA

Luís nasceu em Valência, Espanha, em 30 de junho de 1905. 

Aos sete anos foi aluno do Instituto dos Padres Jesuítas de San José, em sua cidade natal. Em 1921 matriculou-se em Filosofia, Letras e Direito na Universidade de Valência. Durante o curso universitário comprometeu-se numa intensa vida apostólica nas Congregações Marianas e no grupo de estudantes. Em Madri foi a alma do I Congresso Nacional da Juventude Católica de 1926. Viajou por muitos lugares da Espanha e da Europa fazendo propaganda para a Juventude Católica.

Formou-se em 1926 e obteve doutorado na Universidade Central de Madri, iniciando sua carreira como advogado no ano de 1930, em Valência.

Em 25 de maio de 1933 casou-se com Carmen Arteche Echezuría e em julho de 1935 nasceu sua primeira filha. Neste mesmo ano mudou-se para Madri como secretário-geral da Associação dos Propagandistas da Ação Católica. Dom Ángel Herrera Oria o convidou para trabalhar no “El Debate”, um periódico da Associação Católica Nacional.

Em 1936 ficou viúvo e mudou-se com a família para Torrente de Valência, devido ao clima perigoso da cidade após a eclosão da guerra civil espanhola.

Luís foi um homem cheio de força, com um brilho singular em meio às adversidades. A carta que ele endereçou a seu irmão em abril de 1936, contando a doença e a morte subsequente de sua esposa, é memorável. Um testemunho comovente de amor e ternura, transbordando esperança e alegria espiritual. Mostra a sua urgência apostólica e a sua preocupação em ajudar a todos, especialmente os mais frágeis naquela situação de gravíssima convulsão política. Ele rezou e sofreu vendo o absurdo de tanto ódio, como sempre estéril e sem sentido, e lutou agarrado à oração. De tantas súplicas a Maria, horas santas, exercícios espirituais, velas noturnas, acolhida generosa na própria casa dos perseguidos etc., brotariam frutos abundantes para a maior glória de Cristo e da sua Igreja, a quem tanto amou. Entre os cargos que desempenhou no Apostolado Secular nos seus 31 anos de vida, destacam-se o de secretário e presidente da Federação dos Estudantes Católicos de Valência; membro do Conselho Superior da Confederação Nacional dos Estudantes Católicos; presidente da Congregação da Imaculada e San Luís Gonzaga de Valencia, secretário do Centro Valenciano da Associação Católica de Propagandistas e, finalmente, secretário geral dela.

Foi preso em Torrente juntamente com sua tia Isabel. Como frequentemente acontece nos casos de martírio, a condenação de Luís ocorreu em um pseudojulgamento muito sumário, no dia 28 de novembro. Um grupo de milicianos armados confirmou o que já sabia de antemão: que Luís era fiel a Cristo e à Igreja, que não poupava esforços para fazer todo o bem possível, sendo que uma de suas ações foi a organização do Congresso Católico de Madri. Depois disto o grupo não precisou saber mais nada. Sem demora, levaram-no naquele mesmo dia ao Picadero de Paterna e o fuzilaram. Durante seu martírio Luís manteve os braços cruzados e nas mãos um rosário, perdoando de coração seus algozes, como todos os que sucumbem por causa da fé. 

Em 11 de março de 2001, o Papa João Paulo II o elevou aos altares, naquela que foi a maior cerimônia de beatificação da história: 233 mártires da perseguição religiosa na Espanha foram declarados beatos. Entre eles, sacerdotes, religiosos e leigos pertencentes a diversos movimentos e associações laicais.

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