Bem-aventurado Bertoldo

[big_first_char_text]Antes de 1278, o dominicano Estevão de Salignac atribuiu a composição do regime espiritual carmelita a Américo Malefaida de Salignac, patriarca de Antioquia (1142-93). No entanto, o patriarca Alberto de Jerusalém, (1206-1214), comentou que Américo tinha dentre os carmelitas um sobrinho, santo e notável. O caso é também citado na chamada “Carta de Cirilo”. Essa carta foi publicada, após 1378, pelo carmelita Filippo Riboti, registrando que Américo tinha um irmão, e não sobrinho. Esse irmão chamava-se Bertoldo e foi o segundo prior geral dos carmelitas.
Mais tarde, outro carmelita, Giovanni Grossi, no seu Viridarium (por volta de 1400) deu a esse sobrinho, ou irmão, o nome de Brocardo, enquanto nas subsequentes edições da mesma obra e nos catálogos de santos carmelitas da mesma época, Bertoldo de Malefaida é considerado o primeiro prior geral, enquanto que Bertoldo de Lombardia ocupa o quarto lugar.
O bolandista Daniel Van Papenbroeck, ao publicar um texto do monge grego Focas - que visitou o Carmelo em 1177 - identificou Bertoldo como um velho monge da Calábria. Evidentemente, Focas não cita muitos eremitas latinos, mas monges gregos, que também estavam no Carmelo e em outros lugares.
O santo é representado endossando o hábito carmelita, com um livro e uma espada na mão, ao ter uma visão de mártires, durante a qual ele viu as almas de muitos carmelitas mortos pelos sarracenos, sendo transportadas para o céu pelos anjos.
Seu o culto foi estabelecido no capítulo geral da ordem de 1564. Seu nome, foi removido quando da reforma do breviário de 1585, mas pouco depois, em 1609, foi novamente incluído e as edições definitivas foram aprovadas em 1672.
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