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Bem-aventurados Dionísio da Natividade e Redento da Cruz

Mártires carmelitas (†1638)

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JEFFREY BRUNO

Pedro Berthelot nasceu no ano de 1600, em Flandres, atual Bélgica.
Tomás Rodrigues da Cunha nasceu no ano de 1598 em Cunha, freguesia portuguesa do concelho de Paredes de Coura. Era filho de Baltazar Pereira e Maria da Cunha, que pertenciam a uma família nobre e abastada.
Pedro Berthelot serviu na armada holandesa quando tinha vinte anos, mas, devido a várias adversidades, foi para Portugal, onde foi nomeado cosmógrafo e piloto-mor.
Tomás Rodrigues, com 19 anos, embarcou para a Índia e notabilizou-se como soldado, cabo de esquadra e finalmente como capitão da praça de Meliapor. No entanto, apesar dos seus feitos militares optou antes por aceitar a sua vocação cristã e entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços de Goa, tendo sido enviado para uma residência que esta mesma Ordem tinha em Tatta (hoje território do Paquistão), onde recebeu o nome de Redento da Cruz. No ano de 1620, foi fundado o convento do Carmo de Goa, para onde foi enviado Frei Redento, depois de também ter sido frade conventual no convento de Diu. Frei Redento cativava com a sua simpatia e era estimado por todos por ser alegre, simpático e com um grande sentido de humor. Em Goa, deram-lhe o ofício de porteiro e sacristão.
Pedro Berthelot foi transferido para a Índia, em Goa, e tentou em vão ser jesuíta. Em 1635, deixou-se contagiar pelo testemunho do carmelita, Frei Filipe da Santíssima Trindade e decidiu, como ele, fazer-se carmelita. Todos os dias visitava a igreja do Carmo e um dia decidiu tomar hábito. Era a véspera do Natal e recebeu o nome de Frei Dionísio da Natividade.
O Irmão Redento da Cruz continuava o seu ofício de porteiro do convento do Carmo de Goa, enquanto Frei Dionísio se preparava para o sacerdócio. Todos conheciam o porteiro do Carmo e todos o tinham por santo. Não perdia ocasião de a todos edificar oferecendo fios, que arrancava do seu hábito, às pessoas suas amigas, dizendo-lhes que eram relíquias de santo. As pessoas riam-se com Frei Redento, mas ele apenas dizia: «agora riem-se, mas esperem um pouco e haveis de ter pena de não ter mais relíquias minhas».
No final do mês de Setembro de 1638, Dionísio da Natividade e Redento da Cruz foram enviados para Achem, em Sumatra (atual Indonésia). Ao chegar a seu destino, no dia 25 de outubro, a armada portuguesa, que contava com mais de 60 homens, foi surpreendida e detida pelo rei de Achem. Foram considerados espiões e colocados na prisão. Os mouros decidiram negociar a libertação dos cativos, mediante a conversão deles ao Islã, mas não conseguiram tal traição a Cristo de nenhum dos 60 prisioneiros. Decidiram pelo seu martírio. Muitos dos sessenta prisioneiros eram rapazes jovens. Havia também um sacerdote indiano que recusou a liberdade. Frei Redento foi o primeiro a ser martirizado, encorajando os companheiros de martírio. Frei Dionísio escolheu ser o último para a todos confortar. Foi submetido a atrozes suplícios, à morte a golpes de lança e foi decapitado depois.
Era o dia 29 de Novembro de 1638. Quando se soube do acontecimento em Goa, repicaram os sinos na igreja do Carmo como em dia de grande festa e cantaram um Te Deum em ação de graças.
Foram beatificados pelo Papa Leão XIII, em 10 de Junho de 1900.

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